Nesta segunda-feira, 09/09 o dólar apresenta valorização em relação ao real logo nas primeiras negociações: A moeda norte americana está seguindo a tendência de alta observada no mercado internacional. Os investidores estão atentos à divulgação de dados fundamentais sobre a inflação nos Estados Unidos, que serão essenciais para determinar a magnitude das possíveis mudanças na política monetária do Federal Reserve neste mês.
Às 9h18, o dólar à vista subia 0,58%, cotado a R$ 5,622 para compra e R$ 5,623 para venda. Na B3, o contrato de dólar futuro com primeiro vencimento registrava um aumento de 0,39%, alcançando 5.638 pontos. Na última sexta-feira, 06/09 a cotação do dólar à vista havia encerrado o dia com alta de 0,30%, a R$ 5,5895.
O Banco Central do Brasil programou para hoje um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional, destinado à rolagem do vencimento de 1º de novembro de 2024.
Os números do dia são os seguintes:
- Compra: R$ 5,622
- Venda: R$ 5,623
- Compra (futuro): R$ 5,625
- Venda (futuro): R$ 5,805
O foco dos investidores está no relatório de inflação dos Estados Unidos, que será divulgado na quarta-feira. Este indicador é crucial, pois pode influenciar as expectativas em relação à reunião de política monetária do Fed em setembro.
No cenário doméstico, a semana começa com grande expectativa em relação a novos dados econômicos brasileiros, especialmente o IPCA, que será publicado pelo IBGE amanhã. Os resultados da inflação podem impactar a decisão do Banco Central sobre a possibilidade de um aumento na taxa Selic na próxima reunião do Copom, prevista para a semana que vem.
Com a inflação acelerada nos últimos meses e a crescente preocupação com os gastos públicos, o mercado está antecipando que o Copom poderá aumentar os juros para controlar a pressão inflacionária. Atualmente, a taxa Selic está em 10,50% ao ano, após uma série de cortes. Taxas de juros mais altas tendem a tornar o crédito mais caro, reduzindo o consumo, os investimentos e, consequentemente, desacelerando o mercado de trabalho.
Dólar em alta à espera de novos dados econômicos:
O Boletim Focus mais recente revelou que os economistas estão projetando uma taxa Selic de 11,25% ao ano até o final de 2024, refletindo uma expectativa de aumento na próxima reunião do Copom. Há uma semana, a previsão era de 10,50% para o fim do ano.
Apesar das expectativas de aumento dos juros, as projeções para a inflação continuam em ascensão, marcando a oitava semana consecutiva de alta.
Atualmente, os economistas esperam um IPCA de 4,30% para 2024, em comparação com 4,26% na semana passada. Essas previsões estão se afastando do centro da meta estabelecida pelo Banco Central para este ano, que é de 3%. A meta será considerada cumprida se a inflação ficar entre 1,50% e 4,50%.
É importante notar que as medidas adotadas pelo Banco Central, como a elevação dos juros, podem levar alguns meses para impactar a economia real, o que pode resultar em uma desaceleração mais lenta da inflação, mesmo com o aumento da selic.
Além disso, a reunião de política monetária do Federal Reserve, que ocorrerá no mesmo dia que a do Copom, está no radar dos investidores. Nos Estados Unidos, o mercado espera que o Fed inicie um ciclo de cortes nas taxas de juros, visto que a inflação tem mostrado sinais de desaceleração, embora a atividade econômica continue resiliente e o mercado de trabalho indique um aumento no desemprego e uma menor geração de novas vagas.
Em resumo, o dólar começa a semana em alta, com os investidores aguardando ansiosos pela divulgação de novos dados econômicos no Brasil e nos EUA. As expectativas para a política monetária de ambos os países são um fator-chave, com o Banco Central do Brasil possivelmente elevando os juros e o Federal Reserve podendo iniciar cortes, trazendo otimismo para o mercado.
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Fonte: Infomoney