A previsão de crescimento para a economia brasileira em 2024 foi revisada pelo mercado financeiro, passando de 2,43% para 2,46%. No entanto, a estimativa para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou de 4,25% para 4,26%.
Essa atualização está refletida no Boletim Focus divulgado na última segunda-feira, 2 de setembro, uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central que fornece projeções sobre os principais indicadores econômicos.
Para o ano de 2025, a expectativa é que o PIB – que representa a soma total dos bens e serviços produzidos no país – cresça 1,85%. Já para 2026 e 2027, as previsões apontam uma expansão do PIB de 2% em cada um desses anos.
A previsão de inflação para este ano está acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário, que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Portanto, o intervalo de tolerância vai de 1,5% a 4,5%.
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que atualmente está fixada em 10,5% ao ano pelo Copom.
Dada a situação econômica desafiadora e o aumento das incertezas, o BC decidiu manter a Selic inalterada em sua última reunião de julho, após um ciclo de sete reduções que ocorreu de agosto de 2023 a maio de 2024.
O mercado financeiro projeta que a Selic se mantenha em 10,5% ao ano até o final de 2024. Para 2025, a expectativa é que a taxa básica de juros seja reduzida para 10% ao ano. Em 2026 e 2027, as previsões indicam uma nova redução, para 9,5% e 9% ao ano, respectivamente.
Para 2025, a projeção de inflação é de 3,92%, e para 2026 e 2027, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.
Quando o Copom eleva a taxa básica de juros, o objetivo é controlar a demanda aquecida. Taxas de juros mais altas encarecem o crédito e incentivam a poupança, impactando os preços. No entanto, além da Selic, os bancos consideram outros fatores, como o risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas, ao definir os juros aplicados aos consumidores.
Estar atento às mudanças na taxa Selic é importante por várias razões. A taxa Selic influencia diretamente os juros de empréstimos e financiamentos, afetando o custo do crédito. Quando a Selic sobe, os empréstimos ficam mais caros, enquanto uma queda pode tornar o crédito mais acessível. Além disso, a Selic desempenha um papel crucial na política monetária do país, ajudando a controlar a inflação e a estimular ou desacelerar a economia.
As variações na Selic também impactam os rendimentos de investimentos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto, e podem influenciar as decisões de investidores em busca de melhores retornos. Empresas que dependem de financiamento também sentem os efeitos da Selic, com taxas mais altas podendo reduzir a rentabilidade e o crescimento. P
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