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A dívida bruta do Brasil apresentou um tênue aumento no mês de agosto, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta segunda-feira, 30/09.

O setor público consolidado brasileiro registrou um déficit primário superior ao esperado, refletindo os desafios fiscais do país.

Em termos de proporção do PIB a dívida bruta encerrou agosto em 78,5%, levemente superior aos 78,4% registrados no mês anterior.  

Da mesma forma a dívida líquida também apresentou aumento, subindo de 61,8% para 62,0%:

Apesar dessas variações, as expectativas do mercado, conforme levantamento da Reuters, indicavam que a dívida bruta seria de 78,7% e a líquida de 62,3%, ou seja, os números divulgados ficaram relativamente abaixo das projeções.

O déficit primário do setor público consolidado em agosto foi de R$ 21,425 bilhões, um valor superior à previsão de economistas consultados pela Reuters, que estimavam um saldo negativo de R$ 20,8 bilhões.

Esse desempenho reflete principalmente o déficit de R$ 22,329 bilhões registrado pelo governo central. Em compensação, Estados e municípios apresentaram superávit primário de R$ 435 milhões, enquanto as empresas estatais registraram um saldo positivo de R$ 469 milhões.

Em dezembro de 2020, o Brasil atingiu o pico da sua dívida bruta, chegando a 87,6% do PIB. Esse aumento expressivo foi resultado das medidas fiscais emergenciais adotadas no início da pandemia de covid-19, que demandaram um esforço financeiro considerável por parte do governo.

Em contraste, no melhor momento recente, em dezembro de 2013, a dívida bruta estava em um patamar bem mais controlado, representando 51,5% do PIB.

Lembrando que a dívida bruta do Governo Geral, que inclui as esferas federal, estadual e municipal, mas exclui o Banco Central e as empresas estatais, é um dos principais indicadores utilizados por agências internacionais de classificação de risco para avaliar a capacidade de pagamento nacional.

Quanto maior o índice das dívidas, maior o risco percebido de o país não conseguir honrar seus compromissos financeiros, o que pode afetar negativamente a sua reputação internacional e os investimentos.

Esses dados são relevantes para avaliar a saúde financeira do país e seus impactos na economia, especialmente em um momento em que o controle fiscal é central para a recuperação econômica.

As variações na dívidas pública e o desempenho do setor público são acompanhados de perto pelo mercado e podem influenciar as expectativas futuras para a economia brasileira.

Com o aumento das dívida, cresce também a pressão por ajustes nas contas públicas e o debate sobre as políticas necessárias para reduzir o déficit e estabilizar a trajetória da dívida do Brasil.

Fonte: CNN Brasil

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