Em agosto de 2024, o Índice de Atividade Econômica Stone Varejo apresentou um crescimento de 1,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com os dados divulgados nesta quarta-feira, 11/09.
O estudo, realizado pela Stone em parceria com o Instituto Propague, revela que, entre os seis segmentos analisados, três mostraram resultados positivos. Os principais destaques foram os hipermercados e supermercados, que tiveram uma alta de 5,1%, seguidos por artigos farmacêuticos (1,3%) e tecidos, vestuários e calçados (1,1%).
Em contrapartida, três segmentos enfrentaram queda nas vendas: material de construção (-1,9%), livros, jornais, revistas e papelaria (-1,5%) e móveis e eletrodomésticos (-0,3%).
Matheus Calvelli, pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, destacou que o setor de varejo está vendo um retorno gradual aos ganhos quando comparado com o mesmo período de 2023. Isso representa três meses consecutivos de alta (agosto, junho e maio) nos últimos quatro meses. No entanto, Calvelli advertiu que, apesar dos números positivos, a volatilidade do setor de Produtos Alimentícios, que contribuiu significativamente para a alta deste mês, ainda torna prematuras as previsões para o restante do ano e a possibilidade de uma recuperação consistente ao longo dos próximos meses.
Desempenho regional do varejo e desafios no cenário atual:
Analisando o desempenho regional, 20 estados brasileiros apresentaram resultados positivos em comparação com o ano anterior.
Entre os destaques estão Roraima (12,5%), Amazonas (8,0%), Rio Grande do Sul (6,6%), Maranhão (5,9%), e Amapá e Pernambuco (5,0%). Goiás (4,9%), Pará (4,8%), Rio Grande do Norte (4,0%) e Paraná (3,8%) também mostraram crescimento. Outros estados como Espírito Santo (3,6%), Paraíba (3,1%), Minas Gerais (2,9%) e Sergipe (2,0%) também registraram altas, enquanto estados como Rondônia (-9,8%), Rio de Janeiro (-1,5%) e Mato Grosso (-1,1%) tiveram quedas significativas. O Distrito Federal também viu uma redução de 1,2%.
O estudo revela ainda que o faturamento do varejo caiu 0,2% em termos reais, após ajustes pela inflação, em comparação com agosto de 2023, segundo o Índice Cielo do Varejo Ampliado.
O setor de Supermercados e Hipermercados, beneficiado pela deflação observada pelo segundo mês consecutivo, ajudou a mitigar a queda geral no varejo. Isso sugere que as famílias podem ter optado por celebrar o Dia dos Pais em casa, em vez de sair para comemorações em restaurantes ou eventos. Esse comportamento pode refletir uma tendência mais ampla de contenção de despesas e priorização de gastos essenciais.
No que diz respeito aos macrossetores, os serviços apresentaram um declínio de 3,5%, bens duráveis tiveram uma queda de 0,5%, e bens não duráveis registraram uma elevação de 1%.
Regionalmente, o Centro-Oeste (-2,7%), Sudeste (-1,2%), Norte (-1,2%) e Nordeste (-0,8%) tiveram desempenhos negativos, enquanto o Sul se destacou com uma alta de 3%.
Considerando a receita de vendas nominais, que reflete a inflação, o faturamento no varejo subiu 4,7%. O comércio eletrônico observou um crescimento de 6,5%, enquanto as vendas presenciais aumentaram 4,2%. No entanto, o Índice Cielo de Varejo Ampliado, que cobre 780 mil varejistas em 18 setores, indica que as vendas no varejo brasileiro encolheram 0,2% em agosto, descontada a inflação, comparado ao mesmo período do ano anterior. Esse dado sugere uma desaceleração no crescimento real do setor, apesar das variações nos segmentos de vendas online e físicas.
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Fonte: Infomoney