Audiência na CAE ouviu representantes da indústria, da agricultura, do comércio e dos serviços

Na última terça-feira, houve uma reunião no Senado que contou com a presença de representantes dos setores de indústria, agricultura, comércio e serviços. O objetivo desse encontro foi expressar apoio às modificações propostas no projeto de reforma tributária. Esse grupo participou de uma audiência pública realizada pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que possui um grupo de trabalho encarregado de analisar a proposta de emenda à Constituição PEC 45/2019.

Mário Sérgio Carraro Telles, gerente-executivo de Economia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), elogiou o texto que foi aprovado na Câmara dos Deputados no mês de julho. Ele mencionou que a introdução de um imposto sobre valor agregado (IVA) corrigirá uma deficiência do sistema tributário brasileiro, especificamente a questão da cumulatividade. No entanto, ele também sugeriu uma revisão do imposto seletivo sobre a produção, comércio ou importação de produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.

Telles afirmou que o imposto seletivo não deveria incidir sobre alimentos e insumos agropecuários, mas poderia ser aplicado aos insumos dos setores de serviços e indústria. Ele enfatizou a importância de restringir essa incidência para evitar impactos nos insumos e a reintrodução da cumulatividade no sistema tributário.

Outro participante da discussão que também advogou pela revisão do imposto seletivo foi o presidente da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs), João Carlos Galassi. Ele propôs a possibilidade de substituir o imposto seletivo por uma alíquota mais elevada do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que já estavam contemplados na reforma tributária. Galassi enfatizou a necessidade de evitar a incidência sobre alimentos, energia elétrica, combustíveis e telecomunicações, considerando o imposto seletivo como punitivo e não diretamente alinhado com o objetivo principal da reforma tributária, que é eliminar a cumulatividade.

Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), defendeu os benefícios tributários destinados ao setor. Ele ressaltou que a PEC 45/2019 propõe reduções significativas nas alíquotas do IVA para produtos e insumos agropecuários, chegando até a 100% para alimentos da cesta básica. No entanto, Conchon sustentou a ideia de ampliar esse “tratamento diferencial”, buscando uma redução ainda maior, alegando que o Brasil é um dos países que mais tributa a produção de alimentos para a população.

Em síntese, a reunião recente no Senado, que reuniu representantes de diversos setores econômicos, demonstrou um amplo apoio às mudanças propostas no projeto de reforma tributária. As sugestões de revisão do imposto seletivo e a busca por tratamento diferenciado para setores específicos, como a agricultura, refletem o desejo de promover uma reforma tributária mais justa e eficiente. Está claro que as discussões em torno da reforma tributária continuarão a evoluir com base nas contribuições desses atores-chave.

Fonte: agenciasenado

Sobre o Grupo Studio

Fundada em 1996 na cidade de Porto Alegre/RS, a Monteiro & Saran, tradicional escritório de advocacia empresarial deu início ao Grupo Studio.

Partindo de uma ideia visionária e das necessidades de seus clientes de ter um resultado rápido e rentável, em 1998 o fundador José Carlos Braga Monteiro adotou um novo conceito no âmbito contábil, criando a Studio Fiscal.

Desvinculada da Monteiro & Saran, a Studio Fiscal surgiu para atuar no ramo de consultoria tributária em esfera administrativa através do sistema de franquias atingindo em 2017 o marco de 160 unidades e mais de 4000 empresas atendidas.

O Grupo Studio desenvolveu outras verticais de negócio, visando reduzir custos, aumentar performance e manter as empresas em compliance e através dos seus serviços, contribuindo com as empresas brasileiras com seu crescimento de uma forma financeiramente sustentável.

Conheça nossas soluções: