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A Schneider Electric afirmou que pretende investir 500 milhões de euros em startups no período de cinco anos, com foco principalmente no que chama de inovação disruptiva, que são aquelas que permitem criar negócios completamente novos, por exemplo. A digitalização e a eletrificação da economia são os motes essenciais da empresa.

Emannuel Lagarrigue, vice-presidente de Inovação da Schneider Electric, informou os aportes visam ao futuro da empresa: “Utilizamos o capital de risco e inovação aberta como ferramentas para poder criar essa inovação disruptiva, que é uma forma de sair do campo habitual da empresa e deixar os ganhos da inovação com outros, os empreendedores”, explicou o executivo em entrevista ao Canal Energia na semana passada, durante o Innovation Summit, em Barcelona, na Espanha.

O executivo afirmou que a empresa não exigirá exclusividade das tecnologias desenvolvidas. Em 2018, a empresa investiu em 10 startups e criou três novos negócios, segundo o executivo. Este ano, o ritmo segue essa linha, já que a empresa se relaciona com 80 a 100 startup todos os anos. Nem todas recebem investimentos diretos. A empresa, em geral, quando investe, participa com 20% do negócio.

Os investimentos da empresa serão focados em três áreas:

  • Transição energética;
  • Automatismo;
  • B2B e-comerce.

Transição energética

O foco da empresa está em tornar os negócios mais eficientes no consumo de energia, ao mesmo tempo que amplia a eletrificação do setor energético, o afastando das fontes mais poluentes. A visão da empresa é que a eletrificação, com uso de fontes renováveis e máxima eficiência energética, pode colaborar no objetivo de limitar os efeitos do aquecimento global.

Vale do Silício e Boston, nos EUA, Israel, China e Cingapura são os principais focos. Mas a empresa vê na América do Sul, possibilidades em São Paulo e Medelim, na Colômbia.

Eletrificação

Lagarrigue disse que a empresa já avançou muito na questão da digitalização e agora quer reforçar a eletrificação. Para ele, a revolução energética que virá pode ser tão intensa quanto das de tecnologia da informação. “Estamos no princípio de uma revolução energética muito forte, as formas que geramos, transportamos, compartilhamos a eletricidade vai mudar”, previu.

Os investimentos nas startups poderão girar em torno de 500 mil a 1 milhão de euros para criação de uma empresa, ou entre 3 e 5 milhões de euros em aportes de rodadas de investimentos. Além desse investimento, a empresa aplica cerca de 1,2 bilhão de euros por ano em pesquisa e desenvolvimento, focado em melhorar seus produtos e serviços existentes.


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