Em tempos de coronavírus, a maior preocupação dos empresários tem sido a sobrevivência do seu negócio. Essa crise afeta também os postos de combustíveis que, assim como os outros setores, ficam encarregados de arcar com as dívidas. Mas como lidar com o pagamento de tantos tributos em tempos de crise? A dica é renegociar.
A renegociação das dívidas já uma atividade comum entre os empresários, que muitas vezes devem recorrer a este recurso como forma de desafogar o fluxo de caixa. Além disso, os postos de combustíveis são um tipo de comércio extremamente importante durante o isolamento social, uma vez que eles são a garantia do abastecimento nacional.
Porém, agora em que a situação apertou e muitos tem visto seu faturamento cair devido ao isolamento social, essa renegociação pode ser uma medida importante para manter o posto em funcionamento.
Além disso, algumas regiões já têm apresentado uma queda no valor da gasolina e diesel nos postos durante a pandemia. No início de abril, esses valores tinham baixado cerca de 20 centavos, porém, segundo a Petrobrás, esse preço ainda pode cair cerca de 8%, passando a custar R$ 0,91 por litro de gasolina e até 4% para o diesel, chegando a R$ 1,46 nas refinarias.
No Brasil, a queda foi de 60% nas primeiras semanas em que ocorreram o isolamento social. Além disso, a estatal também reduziu a produção de combustível para evitar os gargalos na infraestrutura e no armazenamento do produto.
Como medida para enfrentar este cenário dos preços baixos, foi anunciada uma série de medidas como corte de investimento, suspensão de bônus e dividendos, e redução na produção do petróleo com a hibernação de cerca de 62 plataformas.
Já para os postos se manterem em funcionamento, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou algumas medidas para facilitar a renegociação de dívidas durante os impactos do coronavírus sobre a economia do país.
A primeira medida permite a renegociação de operações de créditos de empresas e famílias que mantém suas operações regulares e adimplentes ativas, permitindo seus ajustes ao fluxo de caixa.
Nessa medida, a prorrogação das dívidas podem ser pedidas para até 60 dias tanto no caso do cheque especial quanto nas dívidas de cartão de crédito.
A medida dispensa os bancos de aumentarem o provisionamento para empresas. No caso da renegociação das operações de crédito, podem ser realizadas nos próximos 6 meses. Dessa forma, o Banco Central estima que cerca de 3,2 trilhões de reais em crédito possa beneficiar quem está com dívidas ativas.
Outra medida busca ampliar a folga de capital do sistema financeiro nacional em 56 bilhões de reais, isso permite que a capacidade de crédito seja elevada em 637 bilhões de reais. Assim, os bancos conseguem ter melhores condições para realizar as negociações de concessão de crédito.
Além disso, com o surgimento da pandemia da Covid-19, o Governo foi obrigado a pensar em algumas mudanças no sistema tributário nacional. A Receita Federal anunciou a postergação da cobrança de vários impostos e zerou as alíquotas de alguns tributos.
A alíquota do IOF para as operações de crédito também foi zerado, como parte das medidas tomadas pelo Governo. A isenção é válida até 3 julho. Dessa forma, o Governo busca reduzir o custo das operações de crédito.
Como forma de proporcionar um alívio momentâneo no caixa das empresas, o Governo também postergou o prazo de pagamento de alguns tributos, como o recolhimento do FGTS, PIS/Pasep, Cofins, Contribuição Patronal para a Previdência e da parcela da União das empresas do Simples Nacional.
Essa medida busca adiar a cobrança por dois ou três meses, dependendo do caso, porém, depois as empresas deverão recolher o tributo devido.
No caso de donos de postos de combustíveis, uma ajuda para realizar a negociação das dívidas pode ser uma boa pedida. A Studio Corporate é uma das franquias do Grupo Studio que atua com a renegociação de dívidas e pode oferecer ajuda na eventual falta de capital para o empresário.
Leia mais:
- Como financiar projetos que combatem a crise com dinheiro de impostos?
- Governo busca aporte para empresas do simples nacional
Assista também: