Startups são empresas que surgem com base em uma demanda e com base no esforço de um empreendedor que visualiza oportunidades, mas chega um momento em que essa empresa necessita de um investimento que as levem do Ponto A ao Ponto B.
Segundo Guilherme Kudiess, diretor de operações da aceleradora de startups Ventuir, não há uma receita de bolo para alcançar aporte de recursos, mas há setores da economia que estão mais aquecidos e geram mais interesse em investidores.
“Cada fundo de investimento tem uma tese de investimento: alguns são mais propensos a buscar setores específicos ou estágios de maturidade específicos. Em evidência atualmente, fintechs, agro, saúde, logística e varejo são as que mais se destacam”, explica o diretor.
Sob a ótica das startups
O primeiro momento após o investimento de uma aceleradora ou de um investidor anjo é o de mostrar que o produto ou a ideia vai funcionar. Esse primeiro momento pode (em casos positivos) ser seguido de um crescimento acelerado.
Um segundo momento importante de investimento, avalia Bruno Tusset, co-founder do sistema de gestão de trabalho para restaurantes Saipos, é o estágio em que é necessário mostrar tração de crescimento, não apenas comprovar o funcionamento do produto.
Outra etapa importante é a de crescimento de escala, com multiplicação de crescimento, dependendo da ordem de dinheiro obtido.
“O errado é pegar dinheiro para sobreviver, porque o empreendedor vai chegar ao investidor desesperado, com um risco maior. O momento correto é quando o dinheiro entra como solução de crescimento”, explica Tusset.
Sob a ótica do investidor
Kudiess explica que é muito comum uma startup em etapa inicial almejar um aporte financeiro significativo – mas ele indica que a melhor estratégia é testar, em etapas iniciais, com pouco dinheiro.
Consequentemente, isso significa falhar com menos dinheiro e ter uma persona e um plano de negócios mais estruturado para quando o investimento maior vier.
“Investimento é para crescimento, não para validação de negócio”, diz Kudiess.
Erros comuns
- Investimento na etapa inicial;
- Manter a ideia em segredo (é preciso ter confiança de que, com a equipe que tem, é possível executar da melhor forma possível);
- Não ter o pitch pronto;
- Manter-se apenas no escritório (é importante conversar com possíveis clientes, investidores e participar de eventos)
Assista ao webinário “Preciso de dinheiro para alavancar minha startup, e agora?” na íntegra:
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