O Ministério da Fazenda divulgou hoje, através do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos. Para 2024, a expectativa de alta permanece em 2,5%, enquanto para 2026 houve uma revisão para baixo, passando de 2,8% para 2,6%.

Segundo o relatório, os efeitos adversos das enchentes e da calamidade no Rio Grande do Sul no segundo trimestre deste ano devem ser mitigados por medidas de suporte voltadas às famílias e empresas. Apesar da estabilidade na projeção de crescimento anual desde maio, o documento destaca mudanças entre os setores produtivos, refletindo um crescimento esperado de 0,6% no PIB do segundo trimestre, com estimativas específicas dos impactos por atividade no estado gaúcho.

Os dados oficiais sobre o PIB são compilados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sendo que em 2023 o país registrou um crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior.

O governo federal mantém uma estimativa de crescimento que supera as expectativas do mercado financeiro, que projeta um crescimento de 2,11% para este ano, conforme o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta semana.

O relatório destaca que o vigor das vendas no varejo e o aumento na demanda por serviços às famílias são os principais impulsionadores do crescimento em 2024.

Além disso, a recuperação dos investimentos é esperada devido à expansão projetada na absorção de bens de capital ao longo do ano.

Apesar de não revisar para cima suas projeções, o governo mantém um otimismo cauteloso em relação ao cenário econômico, contrastando com as expectativas medianas dos analistas ouvidos pelo Banco Central, que apontam um crescimento de 2,11% para o ano.

O Ministério da Fazenda observa que, desde maio, o equilíbrio nos riscos econômicos e geopolíticos continua sendo um desafio significativo.

O relatório menciona que o crescimento da atividade global tem sido resiliente, acompanhado por um processo de desinflação nas principais economias avançadas.

Em relação ao segundo trimestre, prevê-se uma desaceleração moderada na atividade econômica, com uma expectativa de crescimento de 0,6%.

A SPE atribui essa desaceleração à calamidade no Rio Grande do Sul ocorrida em maio.

A Fazenda projeta que os impactos adversos das enchentes no estado serão mitigados por medidas de apoio às famílias, empresas e governos locais.

Quanto à inflação, espera-se um aumento devido ao câmbio mais depreciado e aos efeitos da calamidade no Sul sobre os preços, além dos recentes reajustes nos preços da gasolina e GLP.

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