Com a chegada da pandemia causada pelo novo coronavírus, a falta de investimentos em grandes baterias, que são essenciais para o desenvolvimento de energia solar e eólica ficou bastante clara.
A redução da demanda por energia com a pandemia deixou redes europeias sobrecarregadas com eletricidade verde, aumentando o indício de apagões e ressaltando a necessidade de armazenamento de energia em um sistema de baixo carbono.
Segundo informações divulgadas pela BloombergNEF, a Europa pretende extinguir redes elétricas de emissão de carbono até meados do século. Mas o que deveria ser um incentivo para fomentar o uso de baterias não está acontecendo como deveriam, afinal, as instalações caíram em 2019.
De acordo com Marco van Daele, copresidente e diretor de investimentos da Susi Partners, um dos motivos para a redução nas instalações está ligada com a estrutura dos mercados de energia.
“Um obstáculo para investimentos maiores no espaço é a falta de receita contratada e visível”, disse. Mesmo com a redução dos custos de fabricação de baterias, “a remuneração dessa capacidade precisa se tornar mais visível para atrair o investimento em larga escala necessário”.
A queda da demanda causada pelas medidas de isolamento tem sido “como pressionar um botão de avançar nos mercados de energia para onde há grande quantidade de geração, mas não o investimento em flexibilidade”, disse Peter Osbaldstone, diretor de pesquisa sobre energia e fontes renováveis europeias na Wood Mackenzie.
Para proprietários de baterias, a oscilação de preços quando as energias renováveis chegam à rede pode ser uma grande oportunidade.
Baterias podem ser carregadas quando a geração solar e eólica é abundante e as taxas de mercado são baixas, e depois é possível vender energia para a rede quando os preços estão mais altos. Com capacidade suficiente no sistema, a compra e venda por operadores de baterias pode ajudar a aliviar oscilações de preços.
Fonte: Money Times