A carga de energia do sistema elétrico interligado do Brasil deverá recuar 8,3% em maio quando na comparação com mesmo período do ano anterior, projetou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) em boletim na última sexta-feira (24).
O forte recuo na demanda, que deve ser puxado por uma retração de 9,3% na região Sudeste, polo econômico do país, vem em meio a impactos de medidas de isolamento adotadas para conter a disseminação do coronavírus.
No Nordeste e no Norte a carga de energia deve recuar 7,9% e 8,1%, respectivamente, enquanto o Sul deve ter a menor baixa, de 5,3%, segundo os dados do ONS.
O órgão do setor elétrico projetou ainda que as chuvas na região das hidrelétricas, principal fonte de geração do Brasil, devem atingir 88% da média histórica para o mês de maio na região Sudeste.
No Nordeste, segunda região em reservatórios, depois do Sudeste, as precipitações devem representar 79% da média histórica, enquanto no Norte estão projetadas em 122%.
Já a região Sul, que atravessa forte seca desde meados do ano passado, deve seguir com problemas hídricos, com as chuvas estimadas em apenas 19% da média histórica, segundo o ONS.
A estimativa de despacho térmico é de 5.902 MW médios, a maior parte por conta da inflexibilidade declarada de térmicas no Sudeste, com 3.858 MW médios, levando essa linha ao total de 5.377 MW médios. Há ainda 350 MW médios por restrição elétrica e outros 175 MW médios por ordem de mérito.
Fonte: Reuters