A bateria é o componente mais caro dos veículos elétricos, mas uma nova geração destes dispositivos de armazenagem está em desenvolvimento e deve chegar ao mercado em poucos anos. Atualmente em estágio de pesquisa, pretende aumentar em até cinco vezes sua capacidade, resultando também em uma redução tão significativa de custo que deixará os carros elétricos mais baratos que os com motor a combustão.
A afirmação é do marroquino Khalil Amine, pesquisador da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, que está à frente do projeto. Ele é um dos vencedores do prêmio Global Energy Prize de 2019. Conservador, aponta que a viabilidade comercial deve ser alcançada em até 10 anos, embora muitos considerem que essa nova geração chegará antes ao mercado.
Podendo representar até 50% do preço de um carro elétrico, a bateria é o maior problema a ser resolvido neste tipo de veículo. O dispositivo em desenvolvimento utiliza basicamente lítio e oxigênio, evitando o uso de metais pesados presentes nas opções atualmente disponíveis no mercado.
O pesquisador já é referência na indústria; seu trabalho originou as baterias usadas por modelos elétricos da GM e da Nissan, por exemplo, além de outros dispositivos móveis e domésticos. A aplicação da nova tecnologia, no entanto, poderá se estender também a sistemas de armazenagem de energia associados a fontes renováveis de geração como solar e eólica.