A Associação Internacional de Energias Renováveis (International Renewables Energy Agency – IRENA, na sigla em inglês) afirmou em relatório apresentado no congresso das Nações Unidas realizado em Nova Iorque na semana passada que para evitar o aumento da temperatura global média em mais de 2o celsius será necessário duplicar os investimentos em energias renováveis – passando dos atuais US$ 330 bilhões anuais para US$ 750 bilhões por ano até o final da década de 2020.
Conforme a agência estamos há apenas 11 anos do limite dos efeitos das mudanças climáticas; a partir de então se iniciariam eventos catastróficos ao meio-ambiente. Acelerar a adoção de fontes limpas de energia é o caminho mais prático e fácil para alcançar uma solução para este problema, conforme afirmou Francesco La Camera, diretor geral da IRENA.
Ainda segundo a entidade, é imprescindível o redirecionamento de mais de US$ 18 trilhões em investimentos planejados para a indústria de óleo e gás para que o acordo do clima possa ser cumprido. Desta forma, além dos benefícios ao meio-ambiente, destaca-se que é possível turbinar o desenvolvimento econômico com a criação de empregos e aprimorar a saúde em todas as nações. Dados da entidade demonstram que cada dólar investido na transição energética retorna de três a sete vezes ao aprimorar as áreas de saúde, preservação e redução de subsídios. Nenhuma outra alternativa é tão plausível quanto esta.
Para destacar o papel fundamental das renováveis na resolução da questão climática e encorajar ações concretas neste sentido, a IRENA lançou a campanha “Lidere a mudança: isto é possível com as renováveis”.