Os economistas do mercado financeiro revisaram para cima suas projeções para a inflação em 2024, agora estimada em 4,05%, conforme anunciado pelo Banco Central nesta segunda-feira, 22/07.
Essa revisão ocorre após uma desaceleração na trajetória de aumento das estimativas na semana anterior, impulsionada por resultados favoráveis no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de junho.
A expectativa de inflação de 4,05% está alinhada com a meta estabelecida pelo governo, que permite variação entre 1,5% e 4,5%, com uma meta central de 3%.
Este ajuste reflete as contínuas pressões inflacionárias observadas no cenário econômico nacional.
Além da inflação, os analistas também revisaram para cima a projeção da taxa de câmbio para o final de 2024, agora estimada em R$ 5,30 por dólar.
Na semana anterior, essa expectativa era de R$ 5,22. Desde meados de abril, o dólar vem apresentando uma tendência de alta, alcançando seu pico anual em julho, quando atingiu R$ 5,70. Essa valorização é atribuída a incertezas sobre as contas públicas e à responsabilidade fiscal do governo.
Em relação à atividade econômica, o relatório “Focus” do Banco Central indica um aumento na estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, elevando de 2,11% para 2,15%.
O PIB é um indicador crucial que mede a produção total de bens e serviços no país, refletindo a saúde geral da economia.
Embora o governo tenha mantido sua estimativa oficial de crescimento do PIB em 2,5%, houve um ajuste para baixo nas projeções para 2025, tanto pelo mercado financeiro (de 1,97% para 1,93%) quanto pelo governo (de 2,8% para 2,6%).
Quanto à política monetária, a taxa básica de juros, Selic, permaneceu estável, projetada para encerrar 2024 em 10,5%. Essa estabilidade vem após uma série de reduções consecutivas da taxa, definida pelo Banco Central como uma ferramenta para controle da inflação e estímulo ao crescimento econômico.
Outros indicadores importantes também foram ajustados: a expectativa de investimento estrangeiro direto no Brasil foi revisada para baixo, de US$ 70 bilhões para US$ 69,59 bilhões em 2024.
Por outro lado, a balança comercial manteve-se estável, com uma expectativa de saldo positivo de US$ 82 bilhões.
Essas revisões e projeções destacam a complexidade e as variáveis em jogo na economia brasileira, influenciadas por fatores internos e externos, que exigem monitoramento contínuo e adaptação das políticas econômicas para sustentar um crescimento sustentável e estável no futuro próximo.
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