Nesta segunda-feira, 30/09 o mercado financeiro ajustou para cima a projeção da taxa básica de juros do Brasil, a Selic, para o ano de 2024.
A nova estimativa aponta para um aumento considerável, com a taxa chegando a 11,75% ao ano, superando as previsões anteriores de 11,50%. Este movimento reflete a expectativa de que o Banco Central mantenha sua política monetária restritiva no combate à inflação e ajuste a taxa de juros em suas próximas reuniões.
Os economistas, que inicialmente projetavam uma Selic de 10,75%, agora aguardam um aumento gradual até o patamar de 11,75% até o final de 2024. A última semana já indicava uma Selic de 11,50%, mas o cenário econômico e os novos dados financeiros impulsionaram as expectativas para um número ainda maior. A expectativa é de que o Copom eleve as taxas de juros em suas próximas duas reuniões, agendadas para novembro e dezembro, consolidando essa tendência de alta.
A projeção da Selic para esse ano foi ajustada de 10,50% para 10,75% para 2025.
Visando 2026, o mercado financeiro prevê que a taxa de juros para 2026 será de 9,50% ao ano, seguindo uma tendência de desaceleração.
Este aumento nas expectativas da Selic reflete um mercado financeiro cauteloso diante dos desafios inflacionários e da volatilidade econômica global. O combate à inflação continua sendo um dos principais focos das autoridades monetárias, e a elevação da Selic é uma das ferramentas mais importantes para conter a alta dos preços no país.
Embora a expectativa da Selic esteja em alta, o mercado manteve inalterada a projeção para o IPCA, principal indicador da inflação no Brasil. Após dez semanas consecutivas de elevação, a estimativa para o IPCA se estabilizou em 1,37%.
Para 2024, a projeção de inflação permanece em 4,37%, um número que ainda está distante da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional que é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, resultando em um intervalo de 1,5% a 4,5%.
Isso demonstra que, apesar dos esforços do Banco Central, os analistas ainda acreditam que a inflação permanecerá fora do centro da meta para o próximo ano. Já para 2025, a expectativa é de que a inflação fique em 3,97%, e para 2026, uma leve redução é projetada, com o índice caindo de 3,62% para 3,60%.
As projeções para o crescimento do PIB brasileiro também foram revisadas:
Para este ano, o mercado estima um crescimento de 3%, valor que reflete a soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país. Essa projeção está alinhada com as estimativas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda, que prevê um crescimento econômico de 3,2% em 2024, segundo dados do Boletim Macrofiscal.
Para 2025, o mercado financeiro também fez ajustes nas expectativas de crescimento, elevando a previsão de 1,90% para 1,92%. Em 2026, o mercado mantém a expectativa de crescimento em 2%, consolidando uma visão de recuperação moderada da economia brasileira.
Em relação à taxa de câmbio, o dólar segue estável, com o mercado mantendo a projeção de R$ 5,40 para o final de 2024. O movimento cambial reflete um cenário de estabilidade relativa no mercado de câmbio, apesar das incertezas econômicas globais.
Para 2025, a expectativa é de um superávit de R$ 76,19 bilhões, uma leve queda em relação à projeção anterior de R$ 76,29 bilhões. Já para 2026, o saldo esperado da balança comercial também sofreu uma ligeira redução, passando de R$ 78,01 bilhões para R$ 78 bilhões, refletindo uma diminuição nas expectativas de crescimento das exportações e uma possível elevação das importações.
O cenário econômico para os próximos anos aponta para um aumento na taxa Selic, com o Banco Central intensificando seus esforços para conter a inflação.
Ao mesmo tempo, as projeções para o crescimento do PIB indicam um caminho de recuperação lenta, enquanto a inflação e a balança comercial ainda apresentam desafios para o Brasil.
Com essas novas projeções, o mercado financeiro demonstra uma visão cautelosa em relação ao futuro da economia brasileira.
A manutenção de uma política monetária rígida parece ser o caminho escolhido pelo Banco Central, visando controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica no médio prazo.
Este é um momento de grande atenção para investidores e analistas, que precisarão acompanhar de perto as próximas reuniões do Copom e os indicadores econômicos para ajustar suas expectativas e estratégias no cenário nacional.
Fonte: Metrópoles
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