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Com a flexibilização das medidas de isolamento social e reabertura das economias em alguns lugares do mundo, dirigir é o meio de transporte de distanciamento social preferido de muitos. A volta ao trânsito tem oferecido um certo alívio a curto prazo ao mercado de petróleo, após o pior crash da história e colapso sem precedentes da demanda por energia.

Patrick Poyanne, diretor-presidente da empresa francesa de petróleo Total, comenta que: “as pessoas estão usando mais o carro porque têm medo de usar o transporte público”.

Ainda é muito cedo para afirmar se a mudança de comportamento é permanente. Em algumas partes da Ásia, que reabriram antes do reste do mundo, as pessoas já voltaram a usar com frequência o transporte público. E também, ainda não se sabe se a demanda mundial por gasolina irá se recuperar de forma total.

De acordo com dados levantados pela BloombergNEF, nas ruas de Pequim, Xangai e Guanzhou, o tráfego matinal é superior as médias de 2019, enquanto o uso do metro está bem abaixo do de costume.

Horário de pico

É um fato que pode começar a reverter às reduções significativas da poluição do ar que as grandes metrópoles registraram nos últimos meses. Em Berlim, o uso de transporte público está 61% abaixo do normal, enquanto o número de pessoas que dirigem se recuperou e agora está 28% abaixo do normal. Essas informações foram obtidas através de dados da Apple, que rastreiam pedidos de rotas de direção no app Maps.

Os dados do Apple Maps para 27 cidades do mundo mostram que as rotas de direção se recuperam mais rapidamente do que as rotas de transporte público.

Em Madri, a direção está 68% abaixo dos níveis normais, acima dos 80% de abril, enquanto o uso do transporte público permanece 87% abaixo, praticamente o mesmo nível do mês passado. O mesmo ocorre em Ottawa, capital do Canadá, onde as instruções de direção no aplicativo se recuperaram para 40% dos níveis normais, acima dos 60% em abril, enquanto as rotas para transporte público permanecem estáveis em relação a abril, ou 80% abaixo dos níveis normais.

Fonte: Money Times