No Brasil, a redução da taxa tende a ser repassada aos clientes, o que beneficia o crescimento econômico
Nesta quarta-feira (2), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central irá se reunir com o intuito de dar introdução ao ciclo de corte nos juros básicos da economia do Brasil.
A decisão que será anunciada após as 18h, caso for confirmada, será o ponto de partida para o primeiro corte dos juros em três anos. A última ocorreu em agosto de 2020 diante da fase mais aguda da pandemia da Covid-19, quando a taxa Selic desceu de 2,5% para 2% ao ano (posição mais baixa até então).
Hoje a taxa Selic que está em 13,75% ao ano, consiste no maior nível em seis anos e meio, e tem como expectativa de grande parte do mercado financeiro um corte de 0,25% para 13,50% ao ano, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Banco Central com mais de 100 bancos na semana passada.
Roberto Campos Neto, presidente do BC, argumenta que a manutenção da taxa foi de devida importância para a contenção da inflação. Sua queda nos últimos meses pode ser um aspecto importante para a redução dos juros nesta quarta.
Em maio, a taxa de inflação oficial desacelerou para 0,23% de aumento. Já em junho, foi registrada deflação, ou seja, uma queda de preços de 0,08%.
Consequências da redução de taxas
A redução da taxa de juros no Brasil de acordo com especialistas acarretará consequências para a economia, algumas delas serão:
- Redução das taxas bancárias: Os cortes de juros serão repassados para os clientes. Apenas em junho, houve a primeira queda neste ano, quando os juros médios dos bancos recuaram antes mesmo do período de corte da Selic iniciar.
- Maior nível de atividade: A diminuição dos juros gera expectativa de que ocorra um melhor comportamento do consumo dos brasileiros, como também uma melhora dos investimentos produtivos.
- Melhora das contas públicas: as reduções nos juros favorecem igualmente as contas públicas, pelo fato de diminuírem as despesas com juros da dívida pública.
– No momento que a taxa de juros cai, gera-se um incentivo para o empresário e a indústria faz mais investimentos no seu negócio. Ter uma taxa de juros mais baixa vai fazer com que a população busque financiamentos e que as empresas destravem e façam investimentos necessários – afirmou Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital.
Como as decisões são tomadas
Quando o assunto se volta para a definição da taxa básica de juros e a contenção do aumento dos preços no sistema de inflação, o Banco Central tende sempre a pensar no próximo passo.
Atualmente, a instituição está focada na meta do próximo ano, como também para o início de 2025. Isso acontece devido as mudanças na taxa Selic demorarem de seis a dezoito meses para causar um impacto efetivo na economia.
Na semana passada, economistas do mercado financeiro voltaram atrás com suas estimativas de inflação para este ano, o que antes chegava em um índice de 4,95% para 4,90%, passaram a projetar uma inflação de 3,90% para 2024.
A intenção de inflação do próximo ano será estimada de 3% de acordo com o Conselho Monetário Nacional (CMN), e poderá ser considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%. A expectativa do mercado é que os juros continuem diminuindo daqui para frente e terminem este ano em 12%, com 2024 em 9,25%.
Fonte: G1
Sobre o Grupo Studio
Fundada em 1996 na cidade de Porto Alegre/RS, a Monteiro & Saran, tradicional escritório de advocacia empresarial deu início ao Grupo Studio.
Partindo de uma ideia visionária e das necessidades de seus clientes de ter um resultado rápido e rentável, em 1998 o fundador José Carlos Braga Monteiro adotou um novo conceito no âmbito contábil, criando a Studio Fiscal.
Desvinculada da Monteiro & Saran, a Studio Fiscal surgiu para atuar no ramo de consultoria tributária em esfera administrativa através do sistema de franquias atingindo em 2017 o marco de 160 unidades e mais de 4000 empresas atendidas.
O Grupo Studio desenvolveu outras verticais de negócio, visando reduzir custos, aumentar performance e manter as empresas em compliance e através dos seus serviços, contribuindo com as empresas brasileiras com seu crescimento de uma forma financeiramente sustentável.
