O setor financeiro tem demonstrado um otimismo crescente após uma série de encontros entre investidores e executivos de grandes instituições. Mesmo com alguns investidores realizando lucros após a recente valorização das ações, o Itaú Unibanco continua sendo o banco mais cotado entre os de primeira linha no mercado.
Essa preferência não vem por acaso, sendo sustentada pela alta eficiência operacional do banco e pela atratividade do seu dividend yield. A possibilidade de distribuição de capital excedente também contribui para o fortalecimento dessa percepção entre analistas e investidores.
Itaú e o desafio do financiamento imobiliário frente à alta da Selic:
A atratividade do Itaú se destaca em um cenário onde as instituições financeiras enfrentam diversos desafios, especialmente no setor imobiliário. Com o aumento da taxa Selic, as taxas de juros para financiamentos imobiliários estão sob pressão, o que gera discussões sobre o impacto dessa alta nas operações de crédito. Recentemente, o fórum Incorpora, promovido pela Associação Brasileira das Incorporadoras Imobiliárias, trouxe à tona esse debate. O evento realizado em São Paulo reuniu representantes de bancos e incorporadoras para discutir as mudanças no cenário econômico e suas implicações para o financiamento imobiliário.
Um ponto de destaque foi a redução da participação da poupança como fonte de financiamento. Tradicionalmente, a poupança desempenhava um papel central no setor, mas hoje representa apenas um terço do total de recursos disponíveis, tornando os empréstimos mais caros. Isso foi evidenciado nas falas de executivos de destaque no setor. Bruno Bianchi, diretor de negócios imobiliários do Itaú BBA, enfatizou que a taxa Selic de 10,75% já está refletida nas taxas de financiamento atuais.
No entanto, ele alertou que, caso haja uma continuidade na alta dos juros, os custos de financiamento imobiliário podem se elevar ainda mais, impactando diretamente o poder de compra dos consumidores e desacelerando o mercado imobiliário.
Essa preocupação foi compartilhada por Thiago Lisboa, representante do Bradesco, que relembrou que historicamente a taxa de crédito imobiliário no Brasil tem sido 1,5 ponto percentual abaixo da Selic.
No entanto, com a redução da participação da poupança, os bancos estão cada vez mais propensos a repassar os custos adicionais para os consumidores, pressionando ainda mais os compradores.
As incorporadoras também estão se ajustando a esse novo cenário. Miguel Mickelberg, CFO da Cyrela, destacou que a participação da poupança no financiamento de projetos imobiliários caiu de 75% para 50%.
Essa mudança tem levado ao uso crescente de Certificados de Recebíveis Imobiliários como uma alternativa viável para financiar novos projetos. Além disso, Emilio Fugazza, da EZTec, ressaltou que a demanda por financiamento direto das incorporadoras aos clientes tem aumentado, ainda que de forma gradual, à medida que o financiamento bancário se torna mais caro e menos acessível.
Mesmo diante desses desafios, a demanda por imóveis e por financiamentos imobiliários permanece robusta, sinalizando a resiliência do setor em momentos de pressão econômica. Essa dinâmica reflete não apenas o otimismo das incorporadoras e dos bancos, mas também a confiança dos consumidores na continuidade do crescimento do setor imobiliário.
O cenário econômico atual, embora desafiador, apresenta oportunidades significativas para quem estiver preparado para navegar as mudanças. O Itaú, com sua capacidade de adaptação, segue liderando as preferências do mercado, mostrando que o otimismo no setor financeiro tem fundamentos sólidos.
Fonte: Infomoney
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