A inflação que é medida pelo IPCA-15 de abril (ou seja, é medido entre os dias 15 de cada mês) foi de 0,57%, divulgou o IBGE nesta quarta-feira. Sendo assim, houve uma desaceleração, comparado a março, quando media 0,69%.
Ficou abaixo da aposta mediana dos analistas apurada pelo Valor Data, de 0,60%. E dentro do intervalo das projeções, uma banda entre 0,50% e 0,80%.
Em 12 meses, a chamada “prévia de inflação oficial” está em 4,16%, isso fica abaixo do teto da meta, que o Banco Central busca em 2023, de 4,75%. Além disso, trata-se do menor dígito desde outubro de 2020. Esses números reforçam a sugestão de desinflação em curso já indicada pelo IPCA, considerado para balizar a política de juros, de duas semanas atrás.
Em meio a esses altos e baixos sobre a desaceleração inflacionária, abril tem uma vilã de peso na média do IPCA-15, que é a gasolina, ela mesma. Teve alta média no Brasil de 3,47% em abril no período de medição do IPCA-15. Seu impacto na alta do índice de 0,57% foi de 0,17 ponto percentual. Ou seja, quase 30%.
É provável que o impacto dos preços no IPCA-15, que foi coletado entre 16 de março e 13 de abril, se deu pela retomada da cobrança de impostos federais sobre combustíveis e outros itens como, energia elétrica.
Porém, a expectativa de economistas, aponta para uma retomada da inflação no segundo semestre. Segundo o boletim Focus desta semana, a estimativa de inflação em 2023 está em 6,04%, acima do teto da meta META.
FONTE: G1 G1
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