Nos últimos anos, um número crescente de brasileiros tem buscado diversificar suas carteiras de investimento no exterior, especialmente por meio de derivativos.

Esse movimento é impulsionado pela mudança na legislação do Conselho Monetário Nacional (CMN), que, desde 2021, permite que investidores brasileiros operem com derivativos em mercados internacionais sob as mesmas condições aplicáveis no Brasil.

Essa nova realidade abre portas para uma gama mais ampla de instrumentos financeiros, oferecendo maior liquidez e oportunidades de investimento.

Enquanto no Brasil a B3 é a única bolsa disponível, os Estados Unidos apresentam um mercado muito mais diversificado. O CME Group, a principal bolsa de derivativos do mundo, localizada em Chicago, já conta com um escritório no Brasil, pronto para auxiliar investidores locais com suas dúvidas e necessidades. Derivativos, que são instrumentos financeiros cujo valor deriva de um ativo subjacente, índice de mercado ou taxa de referência, estão ganhando destaque entre os investidores que buscam minimizar riscos e explorar novas possibilidades de lucro.

Entre os tipos mais comuns de derivativos, encontramos contratos a termo, contratos futuros, opções e swaps.

Os contratos a termo e futuros, por exemplo, permitem que investidores comprem ou vendam ativos a um preço acordado em uma data futura.

A principal diferença entre eles reside na liquidação: enquanto os contratos a termo são liquidados apenas na data de vencimento, os contratos futuros possuem ajuste diário nos valores. As opções, por outro lado, conferem o direito de comprar ou vender um ativo a um preço fixo dentro de um período determinado, proporcionando flexibilidade ao investidor.

Os swaps são acordos em que duas partes trocam a rentabilidade de diferentes ativos durante um período específico, o que pode ajudar na gestão de riscos financeiros. Cada uma dessas opções traz suas próprias características e vantagens, permitindo que os investidores escolham a melhor estratégia para suas necessidades individuais.

Com a liderança global em derivativos, o CME Group oferece uma vasta gama de produtos que incluem contratos atrelados a taxas de juros, índices de ações, criptomoedas, câmbio, energia e commodities agrícolas. Um dos produtos mais populares é o E-mini S&P 500, um indicador chave do desempenho das 500 maiores empresas listadas nas bolsas de valores dos Estados Unidos, como a NYSE e a Nasdaq.

O CME Group também se destaca com seus contratos de bitcoin, que atraem tanto investidores de varejo quanto institucionais, estabelecendo um mercado robusto com volume significativo de negociação.

Esse recurso é crucial para ajudar os investidores a entender melhor os produtos e suas especificidades. Paula Attie, head do CME Group no Brasil, enfatiza a importância deste portal, destacando que ele facilita a compreensão do funcionamento dos contratos, que vão desde futuros e opções até commodities, índices de juros e moedas.

Em um contexto mais amplo, o mercado financeiro brasileiro também apresenta sinais de otimismo. O Ibovespa, principal índice da B3, atingiu recentemente uma marca significativa, igualando o recorde de nove pregões consecutivos de alta, o que não ocorria desde 2018.

A valorização de 0,85% levou o índice a 128.293,61 pontos, um ganho total de mais de 1 mil pontos durante esse período. Esse desempenho indica um mercado otimista, refletindo a confiança dos investidores na recuperação econômica.

Enquanto o Ibovespa se recupera, o dólar comercial subiu 0,55% para R$ 5,44, mesmo com a deflação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos EUA, que renovou as expectativas de cortes de juros pelo Federal Reserve. Francisco Nobre, economista da XP, observa que os dados recentes de inflação subjacente foram favoráveis, indicando que a economia pode estar entrando em um ciclo mais positivo. Ele destaca que, após um primeiro trimestre desafiador, os resultados do segundo trimestre foram mais benignos, e que as próximas leituras econômicas serão cruciais para entender se essa tendência de inflação baixa se sustenta.

“Com as informações que recebemos hoje, que incluem dados sobre emprego, inflação e crescimento do PIB, vejo como provável que ajustes de política monetária sejam justificados”, afirmou Mary Daly, presidente do Federal Reserve de São Francisco. Essa declaração sugere que, à medida que as condições econômicas mudam, investidores devem estar atentos às potenciais alterações nas taxas de juros, que podem impactar o mercado de derivativos e a Bolsa de Valores.

Com um cenário positivo tanto para o mercado de derivativos quanto para o desempenho da bolsa brasileira, investidores têm mais razões do que nunca para explorar novas oportunidades, tanto no Brasil quanto no exterior.

As mudanças nas regulamentações, aliadas a um ambiente econômico mais otimista, tornam este um momento propício para diversificar investimentos e buscar novas estratégias que podem resultar em ganhos significativos.

A educação financeira, nesse contexto, se torna uma ferramenta fundamental para aqueles que desejam navegar com segurança e eficácia neste novo panorama de investimentos globais.

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