Os investidores estão atentos à mais recente edição do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira 29/07, que trouxe atualizações significativas nas projeções econômicas para os próximos anos. De acordo com o boletim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador da inflação no Brasil, teve sua projeção para 2024 revista de 4,05% para 4,10%.
Este ajuste é a segunda alta consecutiva após o Banco Central ter interrompido, em 15 de julho, uma série de nove semanas consecutivas de aumentos nas previsões de inflação.
A revisão também se estendeu para 2025, com a projeção do IPCA sendo ajustada de 3,90% para 3,96%. Essa mudança ocorre após uma interrupção na sequência de 10 semanas seguidas de aumentos. Para os anos seguintes, as previsões de inflação permaneceram estáveis: 3,60% para 2026 e 3,50% para 2027.
Além das previsões de inflação, o Boletim Focus também trouxe atualizações nas expectativas para a Selic, a taxa básica de juros do Brasil.
O BC manteve as projeções para a Selic inalteradas: 10,50% para 2024, 9,50% para 2025 e 9% para 2026 e 2027. Essas taxas permanecem estáveis em relação às edições anteriores do boletim.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), as estimativas também foram revisadas. Para 2024, a previsão de crescimento do PIB foi ajustada de 2,15% para 2,19%, enquanto para 2025 a projeção foi alterada de 1,93% para 1,94%. As previsões para 2026 e 2027 permaneceram inalteradas em 2% cada. Em relação ao câmbio, a estimativa para o dólar em 2024 manteve-se em R$ 5,30.
No entanto, as previsões para os anos seguintes foram ajustadas: de R$ 5,23 para R$ 5,25 para 2025 e 2026, e de R$ 5,21 para R$ 5,23 para 2027.
O Banco Central também divulgou recentemente as estatísticas fiscais referentes a junho:
De acordo com os dados, o resultado primário do setor público consolidado registrou um déficit de R$ 40,9 bilhões em junho, uma melhora em relação ao déficit de R$ 63,9 bilhões registrado em maio. A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou 62,1% do Produto Interno Bruto (PIB), equivalente a R$ 6,9 trilhões, apresentando uma leve queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior, quando a relação dívida/PIB estava em 62,2%.
Por outro lado, a Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG), que engloba o governo federal, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), além de governos estaduais e municipais, atingiu 77,8% do PIB, correspondente a R$ 8,7 trilhões em junho de 2024. Esse número representa um aumento de 1,1 ponto percentual em relação ao mês anterior.
Em maio, a dívida federal totalizou R$ 6,912 trilhões, marcando um aumento de 3,10% em comparação com abril.
No cenário corporativo, as atenções estão voltadas para a divulgação dos resultados financeiros do segundo trimestre de 2024 por várias empresas. Nesta segunda-feira, após o fechamento do pregão, são esperados os resultados da CCR (CCRO3), Intelbras (INTB3), Vivo (VIVT3) e Tim (TIMS3). Além disso, a Petrobras (PETR4) apresentará seu relatório de produção e vendas referente ao período de abril a junho deste ano.
Nos Estados Unidos, o mercado também estará atento aos resultados das principais empresas de tecnologia. Microsoft (MSFT34) divulgará seus resultados na terça-feira, 30 de julho; Meta (MITA34) apresentará suas informações na quarta-feira, 31 de julho; e Apple (MSFT34), Amazon (AMZO34) e Intel (ITLC34) divulgarão seus balanços na quinta-feira, 1º de agosto, todos após o fechamento do mercado.
A semana promete ser movimentada com a divulgação de decisões importantes de política monetária.
O Banco Central do Brasil, o Federal Reserve dos EUA, o Banco do Japão (BoJ) e o Banco da Inglaterra (BoE) anunciarão suas respectivas políticas monetárias. Além disso, a sexta-feira, 2 de agosto, marcará a divulgação do payroll, o relatório de empregos dos EUA, e dos Índices de Gerentes de Compras (PMI) industrial dos Estados Unidos, da China e de vários países europeus.
Essas atualizações são cruciais para o entendimento das tendências econômicas globais e locais, impactando diretamente as decisões de investimento e as expectativas dos mercados financeiros.
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