A Havan, rede varejista catarinense, protocolou registro para oferta pública inicial de ações (IPO) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Especula-se que a avaliação seja de R$ 100 bilhões, mas o valor do negócio ainda não foi definido. Para a publicação, três dígitos de bilhão em capitalização é coisa somente para empresas como Ambev, Weg, B3 e Magazine Luiza.
Por enquanto, o que está definido é o plano de obter R$ 5 bilhões para o caixa em uma emissão primária para investir em expansão física, tecnologia e fortalecimento do capital de giro.
É possível que a operação alcance R$ 10 bilhões, o que a tornaria uma das maiores estreias da B3 de 2020 também no valor da oferta.
A operação tem como coordenadores BTG Pactual, Morgan Stanley, Bank of America, Bradesco BBI, Itaú BBA, XP Investimentos, Banco Safra e Santander Brasil.
O acionista vendedor no IPO será Luciano Hang, cofundador e dono de 100% do capital da companhia, ainda com as ações ofertadas sem quantidade e volume definidos.
No formalização, Hang escreveu uma carta aos investidores contando a história da criação da empresa, algo considerado inusitado no tipo de operação.
“Hoje, com 34 anos de história, começamos uma nova fase e nos sentimos prontos para abrir o nosso capital. Olhando para trás, percebemos que tivemos grandes feitos, mas olhando para o futuro, vemos que estamos ainda no começo e podemos ir muito, muito mais longe”, declarou Hang.
Fundada em 1986, a Havan tem 149 lojas físicas em 17 estados com mais de 100 mil produtos e 10 mil contratações por ano. Segundo a empresa, a meta é chegar a 200 lojas até 2022.
Em 2019, a companhia teve uma receita líquida de R$ 7,9 bilhões e o lucro alcançou R$ 428,4 milhões.