As energias provenientes de fontes renováveis já são muito competitivas no mercado. Aliás, este ano é considerado pelo setor um marco na virada de preços, ou seja, a geração de energia limpa ficou igual ou mais barata que a energia proveniente de combustíveis fósseis. O governo do Reino Unido emitiu um relatório que oferece uma nova perspectiva para essa conta.
O levantamento foi exposto pelo Departamento de Estratégia Industrial e Negócios (BEIS), que realização previsões frequentes sobre o assunto, e atualiza um trabalho publicado em 2016. Desde então, as renováveis já mostraram uma relevante queda de custo, de 24%, em relação a 2013. Dessa vez, a queda é ainda mais significativa: 47%, se comparado a 2016. Isso quer dizer que, em 2025, uma fazenda eólica ou solar poderá gerar energia pela metade do custo de uma térmica de gás.
Assim sendo, fica viável comparar diferentes fontes, como as renováveis com as térmicas e gás nucleares. O custo estimado para um parque de energia eólica que comece a operar em 2025 é de 46 libras por megawatt. Na previsão anterior, o valor era de 65 libras. Para uma fazenda solar de grande porte, o custo é um pouco mais baixo: 44 libras hoje, ante 67 libras no cálculo anterior.
Também foi exposto revelado pelo BEIS, previsões para usinas térmicas a gás e nucleares. No primeiro caso, o melhor resultado foi 85 libras e, no segundo, 102 libras por megawatt. Esses valores foram atualizados de acordo com a inflação pela Carbon Brief, publicação britânica especializada em energias limpas.
Essas estimativas são essenciais para os governos planejarem as suas matrizes energéticas para o futuro. Ao que tudo indica, atualmente, a melhor alternativa é a expansão da oferta por meio do vento e do sol.
Os reservatórios das hidrelétricas podem ser utilizados como uma espécie de bateria. Enquanto o vento sopra e o sol brilha, eles enchem, armazenando energia. Quando as renováveis param de funcionar, o Operador do Sistema Elétrico Nacional (ONS), que controla a geração no País, pode abrir as comportas e gerar eletricidade pelas turbinas, compensando a intermitência da eólica e da solar.
Fonte: Exame