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De acordo com relatório divulgado pela BloombergNEF, as energias solar e eólica em terra são as novas fontes de eletricidade mais barata em pelo menos dois terços da população mundial. Fato que intimida ainda mais os dois pilares dos combustíveis fósseis, que são: gás natural e carvão.

O custo nivelado da eletricidades para projetos eólicos em terra despencou 9%, para US$ 44 por megawatt-hora desde o segundo semestre de 2019. O custo da energia solar registrou queda de 4%, para US$ 50 por megawatt-hora.

O relatório ainda mostra que os preços são ainda menores em países como Estados Unidos, China e Brasil. Os custos dos equipamentos foram reduzidos, as tecnologias sofreram melhorias e os governos de diversos países do mundo aumentaram as metas de energia limpa a fim de suprimir a mudança do clima.

Dessa forma, carvão e gás natural devem perder espaço no mercando no momento em que as concessionárias criarem novas usinas de energia.

Tifenn Bradily, analista da BNEF, comenta que: “os melhores projetos solares e eólicos da categoria estarão abaixo de US$ 20 por magawatt-hora antes de 2030. Existem muitas inovações no pipeline que reduzirão ainda mais os custos”.

Por enquanto, não está claro se o reflexo da pandemia nos preços do carvão e do gás vai afetar a competitividade das energias eólica e solar.

Seb Henbest, economista-chefe da BNEF, afirma em comunicado que se sustentado, isso pode auxiliar na proteção e geração de combustíveis fósseis por um tempo da redução dos custos das energias renováveis.

Retrospectiva

Há dez anos o custo da energia solar era de mais de US$ 300 por megawatt-hora, e a eólica em terra chegava a ultrapassar US$ 100 por megawatt-hora.

Atualmente, a energia eólica onshore tem o valor de US$ 37 nos EUA e US$ 30 no Brasil, ao mesmo tempo em que a energia solar tem o valor de US$ 38 na China.

Desta forma, o armazenamento de bateria também fica mais atrativo. O custo nivelado de eletricidade das baterias caiu para US$ 150 por megawatt-hora, aproximadamente a metade do nível de dois anos atrás.  Isso fez com que se tornasse a nova tecnologia de pico de energia mais barata em países que importam gás, incluindo Europa, China e Japão.

Fonte: Bloomberg