O Brasil atingiu um marco histórico em novembro de 2024, ultrapassando a marca de 50 gigawatts (GW) de capacidade instalada em energia solar. Com esse feito, o país consolidou sua posição como a sexta maior potência mundial na geração solar, ao lado de gigantes como China, Estados Unidos, Alemanha, Índia e Japão. Este avanço reflete o esforço conjunto de governos, empresas e cidadãos em prol de uma matriz energética mais limpa e diversificada.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), desde 2012, o setor de energia solar trouxe mais de R$ 229,7 bilhões em investimentos ao Brasil, além de R$ 71 bilhões em arrecadações fiscais. Essa revolução energética está transformando o cenário econômico e ambiental do país, impulsionando a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável.
O impacto da energia solar na matriz energética brasileira
A energia solar já representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, consolidando-se como a segunda maior fonte de geração de energia no país. Esse crescimento reflete a combinação de pequenas e médias instalações de geração distribuída, que somam 33,5 GW, e grandes usinas solares centralizadas, responsáveis por 16,5 GW.
Minas Gerais lidera o ranking nacional na implementação de usinas fotovoltaicas (UFV) centralizadas. Com 64 usinas em operação, o estado possui uma capacidade instalada de 2.666 megawatts (MW), resultado de investimentos superiores a R$ 12,9 bilhões. Esse protagonismo regional demonstra como a energia solar está distribuída de maneira estratégica em diferentes partes do país.
Sustentabilidade e benefícios econômicos
Além de ser essencial para diversificar a matriz energética, o avanço da energia solar está diretamente relacionado ao fortalecimento da economia brasileira. Desde 2012, o setor criou mais de 1,5 milhão de empregos verdes, impulsionando o mercado de trabalho com oportunidades voltadas para o desenvolvimento sustentável.
Outro destaque é o impacto ambiental positivo proporcionado pela adoção dessa fonte limpa. Segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), o uso da energia solar evitou a emissão de aproximadamente 60,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) na geração de eletricidade. Esse dado reflete o compromisso do Brasil com a transição energética e o combate às mudanças climáticas.
Em 2024, foram instaladas 119 novas usinas solares no país, somando 4,54 GW de potência fiscalizada no período entre janeiro e outubro. Esses números mostram o ritmo acelerado de expansão do setor, que continua atraindo investidores e fomentando a inovação tecnológica.
A energia solar e o futuro do Brasil
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância desse marco:
“Atingimos um marco significativo que reforça nosso compromisso com a sustentabilidade e a transição energética. Graças ao esforço conjunto do governo, das empresas do setor e da sociedade, o país se consolida como um dos líderes globais em energia solar. Essa marca é o resultado de muito trabalho e da nossa determinação em investir em fontes limpas e eficientes, que garantem não apenas a segurança energética, mas também geram empregos e fomentam a inovação tecnológica.”
O futuro da energia solar no Brasil é promissor, com metas ambiciosas de expansão para os próximos anos. Além de contribuir para a redução de custos energéticos e a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, a energia solar desempenha um papel essencial na segurança energética do país.
Ao se posicionar como um dos líderes globais no setor, o Brasil mostra que é possível aliar crescimento econômico, preservação ambiental e inovação. O marco de 50 GW não é apenas um número; é um símbolo do potencial transformador da energia solar e do papel que ela desempenha na construção de um futuro sustentável para todos.
Fonte: Metrópoles.
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