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A Petrobras está dando um passo significativo rumo à produção de energia eólica offshore no Brasil. A empresa anunciou um investimento de R$ 60 milhões para ampliar o monitoramento e medição de ventos no mar, por meio de novas unidades da boia Bravo. Esses dispositivos vão coletar, monitorar e avaliar o potencial dos recursos eólicos offshore, utilizando tecnologia inovadora, projetada especificamente para as condições marítimas brasileiras.

A iniciativa é um projeto conjunto do Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), em parceria com o Instituto SENAI de Inovação em Energias Renováveis (ISI-ER) e o Instituto SENAI de Inovação em Sistemas Embarcados (ISI-SE). A primeira das cinco novas boias deve começar a operar em dezembro, com o restante previsto para o final de 2025, ampliando o alcance da campanha iniciada com a unidade pioneira da Bravo. Essa unidade já completou um ano de medições eólicas no mar de Areia Branca, localizado no litoral do Rio Grande do Norte, consolidando um marco na história da energia eólica offshore no Brasil.

Petrobras investe na maior campanha de Energia Eólica Offshore no Brasil

Esse novo investimento representa mais um avanço importante na jornada de transição energética da Petrobras. O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, destaca que a fase atual é essencial para validar a tecnologia utilizada e marca a maior campanha de mapeamento de energia eólica offshore no Brasil. Esse esforço de pesquisa visa avaliar a viabilidade técnica de futuras instalações de energia eólica no oceano, com o intuito de posicionar o Brasil como um dos líderes globais no setor.

Antonio Medeiros, coordenador de Pesquisa & Desenvolvimento do ISI-ER, ressalta que o equipamento Bravo tem registrado medições contínuas sem intercorrências, o que representa um marco científico fundamental para a energia eólica offshore no Brasil. Essa tecnologia permite uma análise detalhada do potencial eólico considerando um período climático completo, com meses de ventos intensos que são ideais para a geração de energia.

A primeira versão da boia Bravo recebeu um aporte inicial de R$ 11,3 milhões, via Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico do Setor de Energia Elétrica, regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Já a segunda fase de medições contará com recursos da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), reforçando o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento de novas tecnologias.

Tecnologia Nacional

A Petrobras tem atuado para se consolidar como líder no desenvolvimento de energia eólica offshore no Brasil, com várias iniciativas de pesquisa e inovação. O modelo Bravo é um exemplo desse esforço. Trata-se de uma boia flutuante equipada com um sensor Lidar (Light Detection and Ranging), tecnologia que utiliza feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento. Esse modelo foi desenvolvido inteiramente com tecnologia nacional, marcando um diferencial competitivo para o Brasil. Além de medir as condições do vento, a Bravo também capta variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa, e variáveis oceanográficas, como ondas e correntes marítimas. Todos esses dados são cruciais para determinar a viabilidade de uma região para a instalação de turbinas eólicas offshore.

A Bravo, que pesa 7 toneladas e possui 4 metros de diâmetro e altura, é movida por energia solar fotovoltaica, garantindo autonomia e sustentabilidade nas operações. A utilização de tecnologia nacional para o desenvolvimento desse tipo de sensor coloca o Brasil na vanguarda da inovação em energia eólica offshore no Brasil.

Além disso, Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, destaca que esse projeto simboliza a estratégia de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Petrobras para apoiar e fortalecer sua liderança na transição energética. Segundo ela, “Através de parcerias com importantes instituições nacionais, impulsionamos o desenvolvimento tecnológico em energias renováveis, especialmente na pesquisa de energia eólica offshore”.

A Petrobras é, atualmente, a empresa com maior potencial para implementar projetos de energia eólica offshore no Brasil. Com capacidade protocolada junto ao Ibama, a empresa planeja continuar seus investimentos em pesquisa e desenvolvimento para viabilizar projetos inovadores e sustentáveis.

Fonte: Petrobras.

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