Os custos com energia elétrica podem representar uma parte significativa das despesas para empreendedores, frequentemente ultrapassando dezenas de milhares de reais por mês.

Desde janeiro de 2024, o Mercado Livre de Energia está acessível para todas as empresas conectadas à rede de média e alta tensão. Geralmente, essas empresas enfrentam contas de energia a partir de R$ 7 mil mensais.

O Mercado Livre de Energia oferece às empresas a oportunidade de escolher seus fornecedores, optar por energia gerada a partir de fontes renováveis e possibilitar uma economia significativa nas despesas com eletricidade. No entanto, muitos empresários desconhecem que, além da migração para o mercado livre, existem outras estratégias que podem reduzir a conta de luz em até 50%.

Vitor Piva, diretor da Erco Energy, destaca que “é muito comum, ao começarmos a discussão sobre a migração para o mercado livre com um cliente, identificarmos que sua demanda está mal contratada ou que ele está pagando multas desnecessárias. Esses fatores podem aumentar consideravelmente o custo da conta de energia.”

Piva também ressalta que, mesmo que as empresas estejam cientes dos valores que gastam mensalmente, pode ser difícil compreender todos os itens cobrados. “Isso se deve à complexidade das contas e à falta de suporte das distribuidoras e reguladores.”

Como as empresas se beneficiam com o Mercado Livre de Energia?

O Mercado Livre de Energia é uma modalidade de negociação no setor elétrico que permite aos consumidores:

  • Escolher seus fornecedores de energia
  • Negociar diretamente com geradoras ou comercializadoras
  • Definir o preço, a quantidade e as condições do contrato

Com o passar dos anos, as regras do mercado livre foram flexibilizadas para permitir a entrada de novos consumidores. Atualmente, apenas empresas podem aderir ao Mercado Livre de Energia, mas há uma expectativa de que até 2030 o mercado seja aberto também para pessoas físicas.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a proposta de reestruturação do setor elétrico tem o potencial de reduzir, em média, as contas de luz em 10% para as classes média e baixa. A reforma inclui três eixos principais e visa ampliar o alcance da tarifa social. Em entrevista ao Poder360, Silveira mencionou que o texto da reforma está pronto e na Casa Civil, com a urgência e cautela necessárias para sua tramitação.

A regra para o acesso à tarifa social de energia deve permanecer: é necessário estar inscrito no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal) e ter uma renda familiar mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Silveira também mencionou a possibilidade de preservar o benefício para quem consome até 80 kWh de energia, abrangendo famílias que utilizam apenas o básico, como um chuveiro, cinco lâmpadas, uma televisão, um ferro e uma geladeira.

Explorar o Mercado Livre de Energia e adotar estratégias adicionais pode gerar economias substanciais nas contas de energia elétrica. Com a evolução das regras e a reestruturação do setor, é essencial estar informado e avaliar todas as opções disponíveis para otimizar os custos energéticos de sua empresa.

Para obter mais informações sobre o Mercado Livre de Energia, conheça a Studio Energy, a divisão do Grupo Studio especializada em oferecer suporte e soluções no setor:

Fonte: Infomoney