Com o dólar em queda os investidores estão focados na recente ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que sugere a possibilidade de um aumento nas taxas de juros para combater a inflação.

O Banco Central do Brasil optou por manter a taxa Selic em 10,50% ao ano para enfrentar a alta do dólar e controlar as expectativas inflacionárias.

No cenário internacional, o Banco do Japão (BoJ) indicou que não pretende aumentar rapidamente suas taxas de juros, mesmo após o recente ajuste de 0,1% para 0,25%.

Nesta quarta-feira, 07/08, o dólar iniciou o dia com uma queda de 0,61%, cotado a R$5,62 às 09h. A desvalorização se aprofundou ao longo da manhã, refletindo cautela no mercado financeiro e expectativas moderadas. O desempenho positivo do Itaú, que reportou um lucro de R$10,07 bilhões no segundo trimestre de 2024, também contribui para o otimismo dos investidores.

Às 9h20 (horário de Brasília), o dólar à vista apresentava uma queda de 0,81%, sendo cotado a R$5,630 na compra e R$5,632 na venda.

Na B3, o contrato de dólar futuro com vencimento mais próximo registrava uma queda de 0,37%, a 5.653 pontos. Na terça-feira, o dólar à vista fechou em R$5,6588, com uma desvalorização de 1,44%.

O Banco Central brasileiro realizará um leilão de até 12.000 contratos de swap cambial tradicional para rolar o vencimento de 1º de outubro de 2024. Atualmente, o dólar comercial está cotado a R$5,656 para compra e venda, enquanto o dólar turismo é negociado a R$5,685 na compra e R$5,865 na venda.

No cenário global, o índice do dólar americano caiu para 102,94, ainda acima da mínima de sete meses de 102,15 registrada na segunda-feira. Após um relatório de empregos mais fraco nos EUA, as expectativas para o Federal Reserve (Fed) foram ajustadas, com uma probabilidade de 70% para uma redução das taxas de juros em 50 pontos base na reunião de setembro.

O relatório de empregos dos EUA mostrou a criação de apenas 114 mil vagas não agrícolas em julho, muito abaixo das expectativas de 175 mil, levantando preocupações sobre uma possível recessão. Além disso, a recente elevação das taxas de juros pelo Banco Central do Japão pela segunda vez em 17 anos surpreendeu os investidores e levou a uma valorização do iene, resultando em quedas significativas nos índices acionários globais.

Hoje, o vice-presidente do Banco Central japonês, Shinichi Uchida, afirmou que as chances de um novo aumento de juros no curto prazo são baixas, o que ajudou a acalmar as preocupações e a estabilizar os mercados.

Os investidores continuam a monitorar essas dinâmicas econômicas e suas implicações para o mercado financeiro global e local.

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