Uma análise recente da fintech Asaas mostra que mais da metade das pequenas e médias empresas brasileiras não ultrapassa dois anos de operação. Segundo o estudo, 79% dos Microempreendedores Individuais (MEIs) encerram suas atividades nesse período, o que destaca a necessidade de estratégias para garantir uma maior sustentabilidade no mercado.
Os dados, que refletem informações do Mapa de Empresas e da Receita Federal, apontam que apenas 56% das empresas de pequeno porte conseguem se manter entre 12 e 34 meses. Esse cenário revela a fragilidade do ambiente de negócios para novos empreendimentos no país, especialmente diante dos desafios econômicos. Para gestores e empreendedores, a sobrevivência e crescimento dependem de acesso facilitado a crédito e de estratégias financeiras robustas.
O levantamento abrange desde o primeiro CNPJ registrado no Brasil até os mais recentes, revelando padrões de sobrevivência ao longo do tempo. Além disso, a pesquisa traça o desempenho por porte, região e setor, permitindo uma análise mais detalhada das áreas com maior ou menor taxa de sucesso. A distribuição geográfica dos dados indica que algumas regiões enfrentam mais dificuldades do que outras.
Microempreendedores e microempresas lideram os índices de encerramento, com o Sudeste concentrando 50% das falências, seguido pelo Sul, com 19%, e o Nordeste, com 17%. Essa variação regional aponta para a necessidade de políticas locais de incentivo e suporte.
Desafios econômicos para pequenas empresas
Um dos maiores desafios para a sobrevivência dos pequenos negócios brasileiros, segundo o cofundador e presidente do Asaas, Piero Contezini, são as taxas de juros elevadas. Com a Selic em alta, o acesso ao crédito se torna um obstáculo. “Com a Selic elevada, o crédito se torna um desafio, especialmente para os MEIs. Isso afeta não só o consumo, mas também a taxa de falência”, explica Contezini. A dificuldade de acesso a crédito limita a capacidade das pequenas empresas de expandirem operações e enfrentarem emergências financeiras.
Para enfrentar essa realidade, Contezini destaca a importância de uma gestão financeira eficiente e da adoção de tecnologias. “A implementação de soluções de gestão financeira, como a automação, é um caminho a ser explorado para aqueles que buscam maior estabilidade no mercado,” completa.
A importância da tecnologia
Diante desse contexto, o uso de tecnologia surge como um fator crucial para melhorar as taxas de sobrevivência. O estudo do Asaas mostra que negócios que adotam tecnologias de gestão financeira, como as soluções oferecidas pela fintech, têm uma taxa de sobrevivência de 78% entre 12 e 34 meses de operação. Esse número destaca o impacto positivo que a automação e outras ferramentas podem ter sobre a sustentabilidade.
A automação, em particular, tem se mostrado uma aliada valiosa ao reduzir tarefas operacionais e liberar tempo para o planejamento estratégico. Antes da automação, por exemplo, um funcionário podia gastar cerca de 18 dias por mês no processo de cobrança. Com tecnologias financeiras, esse tempo pode ser reduzido para apenas cinco minutos por dia, permitindo maior foco em inovação e crescimento.
Fonte: Carta Capital.
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