Categoria(s) do post: Geral

Nos últimos anos, falar em startup e unicórnio tem se tornado cada vez mais comum. Isso porque de acordo com a Associação Brasileira de Startup, de 2015 à 2019 o número de startups no Brasil praticamente triplicou.

São inúmeros os motivos para esse crescimento acelerado, como o sonho de se tornar um empreendedor, a disponibilidade de capital para investimento, o aumento nos programas de investimento ao empreendedorismo e a facilidade no desenvolvimento de soluções e baixo custo. 

As startups são um modelo de negócio conhecido por fornecer serviços com mais rapidez e menor custo. Além disso, elas são preparadas para viver em um cenário de incertezas econômicas.

Com a crise econômica gerada por conta da Covid-19, muitas startups conseguiram ganhar mais força e alavancar seu negócio, se tornando mais reconhecidas no mercado. É claro que um dos crescimentos mais notados se deram a partir das startups de logística, com o isolamento social como medida de combate a pandemia, muita gente optou por realizar suas compras sem sair de casa, necessitando de um serviço de entrega de encomendas. 

Com base nos dados do Compre&Confie, o e-commerce no Brasil registrou um crescimento significativo no primeiro trimestre deste ano por conta do novo coronavírus, tendo um salto de 49,8 milhões em relação ao mesmo período de 2019.

Para atender a essa demanda, as empresas de entregas foram obrigadas a se adequar ao “novo normal”, o que tem registrado maior crescimento no setor. 

Esse foi o caso da startup Eu Entrego, que obteve um aumento cinco vezes maior que o habitual em pedidos de supermercado. A empresa trabalha com cerca de 80 mil entregadores cadastrados, mas já prevê a contratação de mais motoristas. 

Além disso, a startup americana Zoom, focada em videoconferência foi uma das que mais cresceu durante o período de quarentena. Com todo mundo em casa para evitar aglomeração e as empresas trabalhando em regime home office, muita gente acabou optando por usar o aplicativo para fazer reuniões de trabalho, conversar com amigos e familiares e até participar de happy hours à distância. 

A startup Vittude, focada em terapia online, também teve um crescimento significativo durante a pandemia. A empresa fornece consultas online e um produto corporativo para ajudar as empresas a lidarem melhor com a saúde mental de seus funcionários.

Só no início da quarentena, a empresa recebeu cerca de 120 consultas, enquanto a média mensal habitual era de 30. Em abril, eles conseguiram notar uma mudança ainda maior no perfil dos interessados: Passaram a atender bancos e grandes empresas, como a rede Raia Drogasil. 

Com o crescimento da demanda, a empresa foi obrigada a contratar dez novos funcionários para as áreas de atendimento, tecnologia, marketing e vendas. 

Outra empresa que recebeu destaque entre as startups, foi a Geekie, uma startup de educação que tem como carro-chefe uma plataforma que prepara alunos para o Enem. Diante do isolamento social, a Geekie criou uma plataforma para as escolas particulares, chamado de Geekie One.

Com um mês e meio de lançamento, a plataforma já contabiliza 230 instituições de ensino fazendo uso de seus serviços. A plataforma fornece soluções rápidas e estratégicas para que as escolas consigam trabalhar os conteúdos de forma remota do dia para a noite. A estimativa é que no último mês 50 mil alunos tenham sido atendidos.  

Além dessas, também é possível observarmos um crescimento nas startups que atendem a área da saúde, como é o caso da TNH Saúde Digital, que fornece uma ferramenta tecnológica para o Ministério da Saúde com a finalidade de dar suporte a população neste momento de crise. 

A empresa, em parceria com outras duas, disponibilizou um chatbot no TeleSus, para que a população consiga tirar as principais dúvidas sobre o novo coronavírus, avaliar o seu estado de saúde e  chegar os sintomas da doença. 

O período de quarentena foi responsável por mudar alguns hábitos de consumo da população mundial, o que colaborou com o crescimento e amadurecimento das startups em diversas áreas. 

A tendência é que com a rapidez do serviço proporcionado por essas empresas, elas se mantenham ativas por muito mais tempo e que mais startups cheguem ao mercado após a pandemia.

 

Leia mais:

Startups criam soluções empreendedoras durante a pandemia

Como a quarentena pode alavancar startups de logística

 

Vídeos relacionados:

Conheça o mercado de startups no Brasil

3 incentivos fiscais para startups