Com a aproximação do corte de juros nos Estados Unidos, investidores intensificaram a compra de ações, especialmente no setor de consumo, incluindo empresas como Coca-Cola.
Historicamente, empresas desse setor, que oferecem produtos de higiene, alimentação e bebidas, apresentam bom desempenho antes das reduções de taxas pelo Federal Reserve, beneficiando-se também em cenários de recessão.
De acordo com Thiago Kurth Guedes, diretor de desenvolvimento de negócios da Bridgewise no Brasil, a queda nas taxas de juros reduz o custo de oportunidade para essas empresas, aumentando suas margens de lucro. Ele explica que companhias de consumo geralmente trabalham com margens pequenas e se beneficiam do volume de vendas. Quando as taxas de juros estão elevadas, o custo de manter estoques é maior, pois o dinheiro investido poderia render mais em títulos do Tesouro dos EUA.
Como a Coca-Cola lidera o movimento de valorização entre empresas de consumo?
Assim, com a queda nas taxas, as empresas conseguem reduzir os custos relacionados ao estoque, aumentando seus lucros. Esse movimento pode ser observado no índice S&P 500 Consumer Staples, que subiu quase 5% em 30 dias, superando o S&P 500, que avançou apenas 1,45% no mesmo período.
Em nota recente, Michael Wilson, estrategista-chefe de ações do Morgan Stanley, recomendou focar em negócios defensivos, com destaque para Coca-Cola, Walmart e Colgate-Palmolive.
A Coca-Cola, por exemplo, subiu 22,6% neste ano, enquanto o Walmart valorizou 53% desde janeiro e a Colgate-Palmolive, 32%.
Investir em ações internacionais de consumo oferece vantagens, como renda em dólar e exposição a empresas consolidadas, segundo especialistas.
No entanto, Guedes alerta para o risco de concentração e reforça a importância de diversificar, tanto em ativos internacionais quanto locais, em diferentes setores da economia.
A valorização das ações de empresas de consumo, como Coca-Cola, Walmart e Colgate-Palmolive, devido à expectativa de corte nas taxas de juros nos Estados Unidos, pode ter impactos relevantes para o mercado brasileiro.
Com a queda nas taxas, investidores podem se sentir atraídos para o setor de consumo, o que pode refletir em um aumento de interesse por ações de empresas brasileiras desse setor.
Empresas locais podem se beneficiar de um menor custo de capital, possibilitando mais investimentos e expansão. No entanto, é crucial que os investidores brasileiros se mantenham diversificados para minimizar riscos, já que a valorização no exterior pode aumentar a competição e criar pressões no mercado local.
Além disso, essa tendência global pode estimular inovações e melhorias nas empresas brasileiras, que precisarão se adaptar às novas demandas e condições do mercado. Em resumo, o impacto pode ser significativo, oferecendo oportunidades, mas também exigindo uma abordagem cuidadosa e diversificada.
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