O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus resultados para o segundo trimestre de 2024, apresentando um lucro líquido ajustado de R$ 9,5 bilhões.

Esse resultado representa um crescimento de 8,2% em comparação ao mesmo período do ano anterior e uma alta de 2,2% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

O valor superou as expectativas da Bloomberg, que projetava um lucro de R$ 9,3 bilhões.

 

O banco atribui o desempenho positivo à redução das despesas com Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) e ao aumento nas receitas de prestação de serviços. As receitas com prestação de serviços subiram 6,7%, alcançando R$ 8,2 bilhões.

Esse crescimento foi impulsionado principalmente pelas receitas de administração de fundos (+7,4%), operações de crédito e garantias (+15,7%) e rendas do mercado de capitais (+61,6%). Com um Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE) de 21,6%, o Banco do Brasil se posiciona como uma das instituições financeiras mais seguras da bolsa. O BBAS3 ocupa o segundo lugar em ROE, atrás apenas do Itaú (ITUB4), que registrou uma rentabilidade de 22%. O Santander (SANB11) segue com um ROE de 15,5%, enquanto o Bradesco (BBDC4) apresenta o menor índice, com 10,5%.

A carteira de crédito ampliada, que inclui títulos e valores mobiliários privados e garantias, alcançou R$ 1,18 trilhão em junho de 2024, com um crescimento de 13,2% nos últimos 12 meses e 3,9% em relação ao trimestre anterior. No segmento de pessoa física, a carteira cresceu 1,1% no trimestre e 6,2% no ano, atingindo R$ 320,8 bilhões, com destaque para o crédito consignado.

O agronegócio, que é um pilar fundamental para o banco, viu sua carteira atingir R$ 375 bilhões em junho de 2024. Esse valor representa um aumento de 0,7% no trimestre e 16,6% no ano.

O Banco do Brasil continua a liderar o setor com o novo Plano Safra 2024/2025, que disponibilizará R$ 260 bilhões para o agronegócio.

Apesar dos resultados positivos, o banco enfrentou um aumento nas despesas administrativas, que totalizaram R$ 9,2 bilhões, um crescimento de 4,1% em relação ao trimestre anterior. Esse aumento é reflexo das despesas com pessoal, que subiram 3,3%, e outras despesas administrativas, que cresceram 5,8%.

O índice de inadimplência de 90 dias subiu para 3%, em comparação aos 2,73% do ano passado. A provisão para créditos de liquidação duvidosa (PDD) aumentou 8,8%, totalizando R$ 7,807 bilhões, embora tenha havido uma queda de 8,6% em relação ao primeiro trimestre de 2024.

Perspectivas e dividendos:

O Banco do Brasil revisou suas projeções, aumentando a estimativa de crescimento da margem financeira bruta de 7%-11% para 10%-13%. Entretanto, a expectativa para a provisão de créditos foi ajustada para um intervalo de R$ 31 a R$ 34 bilhões, em comparação à previsão anterior de R$ 30 a R$ 27 bilhões. No primeiro semestre, a provisão foi de R$ 16,3 bilhões.

Além disso, o banco anunciou a distribuição de R$ 2,6 bilhões em proventos, sendo R$ 866 milhões em dividendos e R$ 1,7 bilhão em juros sobre o capital próprio. O valor correspondente será de R$ 0,15 por ação em dividendos e R$ 0,31 em juros sobre o capital próprio.

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