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A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil atingiu um marco significativo em novembro, registrando alta real de 11,21% e totalizando R$ 209,218 bilhões. Segundo dados divulgados pela Receita Federal, este é o segundo maior resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1995.

Entre janeiro e novembro, o cenário também se destacou. O acumulado do período somou R$ 2,391 trilhões, o que representa um aumento real de 9,82% em comparação com o mesmo período do ano passado. Esses números refletem o impacto de medidas fiscais e econômicas que influenciaram diretamente a arrecadação federal.

Fatores que impulsionaram o crescimento

De acordo com a Receita Federal, cinco principais fatores explicam o aumento expressivo da arrecadação:

Melhora na arrecadação do PIS/Cofins: impulsionada pela tributação de combustíveis.

Desempenho de impostos vinculados à importação: como o Imposto de Importação e o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).

Impacto dos indicadores macroeconômicos: como o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação, que influenciam diretamente a base tributária.

Tributação de fundos de investimentos: contribuindo para o incremento de receitas.

Atualização de bens e direitos no exterior: gerando recolhimentos adicionais de R$ 7,4 bilhões.

Esses fatores demonstram uma combinação de condições econômicas favoráveis e ajustes nas políticas tributárias, fortalecendo a arrecadação no país.

Crescimento da arrecadação reflete medidas governamentais

Além dos fatores econômicos e tributários, o governo aprovou importantes medidas no Congresso Nacional para reduzir benefícios fiscais e incentivar o aumento da arrecadação. Entre as principais ações estão:

  • Alterações na tributação de incentivos (subvenções) concedidos por estados;
  • Retomada do voto de desempate no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), fortalecendo a capacidade de decisão em disputas tributárias;
  • Essas iniciativas têm sido estratégicas para minimizar a renúncia fiscal e assegurar que mais recursos sejam captados para os cofres públicos;
  • Crescimento das despesas públicas desafia o equilíbrio fiscal.

Embora a arrecadação tenha apresentado resultados recordes em 2024, as despesas públicas também cresceram de forma significativa. Um dos principais fatores que explicam essa alta é o reajuste real do salário mínimo, que impacta diretamente pagamentos previdenciários, sociais e trabalhistas.

Além disso, o aumento salarial para servidores públicos contribuiu para o crescimento das despesas. Para conter esse avanço, o governo aprovou uma norma que limita o reajuste real do salário mínimo a 2,5%, buscando equilibrar o ritmo de crescimento das despesas com o avanço da arrecadação.

Com as medidas adotadas e o desempenho consistente da economia, a arrecadação deve continuar em um ritmo positivo nos próximos meses. Contudo, será fundamental monitorar a evolução das despesas públicas e o impacto das políticas fiscais para garantir um equilíbrio sustentável nas contas do governo.

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