A JPMorgan e a XP Investimentos analisaram os possíveis impactos da recente situação no Rio Grande do Sul na economia local e nacional.
De acordo com as instituições financeiras, os efeitos sobre o PIB e a inflação serão moderados, mas o impacto político a médio prazo nas contas fiscais pode ser significativo, dependendo das medidas adotadas pelo governo e Congresso.

O Rio Grande do Sul possui uma economia diversificada, com destaque para o setor agrícola, que é forte devido à produção de culturas como soja, arroz, trigo e milho. A possível repercussão dos eventos recentes pode ser sentida em toda a economia, principalmente através do aumento dos preços dos alimentos.
Embora seja difícil estimar os impactos exatos no PIB e nos preços, um cenário semelhante ocorreu no Rio de Janeiro em 2010-2011, quando as cheias na região serrana afetaram o crescimento do estado em 2 pontos percentuais em relação à média nacional. Se o Rio Grande do Sul for impactado da mesma forma, o efeito no PIB nacional poderia ser entre um e dois décimos.
No que diz respeito à inflação, os preços no Rio de Janeiro durante esse período ficaram acima da média nacional em cerca de um ponto percentual. Embora os efeitos nos preços possam ser temporários, ainda não se sabe a extensão do impacto a curto prazo.
Até o momento, os preços do arroz, por exemplo, aumentaram 5% nos últimos sete dias, o que poderia resultar em um acréscimo de cerca de 5 pontos-base nos preços ao consumidor, caso esse aumento seja repassado.
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