Na manhã desta terça-feira, 2, com os investidores acompanhando o cenário político, as taxas ofertadas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto apresentaram forte alta.

O Tesouro Prefixado com vencimento em 2026 pagava um prêmio anual de 8,13% na abertura dos negócios, ante 7,97% na tarde de ontem. Da mesma forma, o juro pago pelo Tesouro Prefixado 2024 subia de 7,39% para 7,55% ao ano.

Entre os títulos atrelados à inflação, o papel com vencimento em 2026 pagava uma taxa anual de 3,35% nesta manhã, ante 3,26% anteriormente, enquanto o prêmio pago pelo Tesouro IPCA+2035 subia de 3,90% para 3,99% ao ano.

Já os papéis indexados à Selic para 2024 e 2027 ofereciam remuneração acima da taxa básica de juros de 0,17% e 0,33%, respectivamente, em linha com as da sessão passada.

Impostos sobre instituições financeiras

Entre os assuntos em alta com os investidores, está a notícia de que o governo irá aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) dos bancos com o intuito de compensar a zeragem de alíquotas sobre o óleo diesel, por dois meses, e o gás de cozinha, sem prazo estabelecido.

Segundo comunicado do governo, parte da compensação pela redução dos tributos, estimada em R$ 3,67 bilhões para este ano, virá do aumento da CSLL de instituições financeiras como os bancos.

A compensação, que envolve ainda a alteração das regras de IPI para a compra de veículos por pessoas com deficiência e o encerramento do Regime Especial da Indústria Química (REIQ), acontecerão por meio de medida provisória e é justificada pela Secretaria-Geral da Presidência em função da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Hoje, a alíquota é de 20%. A nova alíquota para os bancos sobe para 25% até o fim do ano. Neste caso, a MP terá que ser confirmada pelo Legislativo em até 120 dias.

Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou na segunda-feira (1), em entrevista à Record TV, que o novo valor do auxílio emergencial será de R$ 250 mensais, e será pago em quatro meses.

O governo federal também estuda reeditar a medida provisória que autorizou empresas a reduzirem temporariamente a jornada de trabalho e os salários no início da pandemia, com o argumento de que a mudança poderia ajudar a impedir demissões.

No noticiário de coronavírus, o Brasil vive o pior momento da pandemia. No primeiro bimestre de 2021, o país registrou alta de 71% no número de mortes em comparação com o bimestre imediatamente anterior.

Na segunda, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou o trecho da medida provisória introduzido pelo Congresso que dava, em caso de omissão do Ministério da Saúde, autorização para estados e municípios adotarem medidas próprias a fim de imunizar suas populações.

Fonte: Info Money.