O agro brasileiro é promessa como potência mundial

O agronegócio no país se fortalece cada dia mais e, hoje, é um dos setores mais sólidos e rentáveis para se investir. Em menos de cinco décadas, o Brasil deixou de ser apenas um importador para se tornar um dos mais proeminentes exportadores de commodities agrícolas do mundo.

Tecnologia aplicada ao campo (do desenvolvimento de sementes ao uso da inteligência de dados para o monitoramento da produtividade) fizeram a produção por hectare crescer.

Funrural

Panorama atual 

Desde 1996, o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro é calculado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea – Esalq/ USP) em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). 

Entre 2020 e 2021, a cifra alcançou recordes. Em 2020, seu crescimento bateu 24% em relação aos ganhos de 2019 e representou 26,6% de todo o PIB brasileiro. Já em 2021, a participação chegou a 27,4%.

Esses números consideram conjuntamente as evoluções de volume e preços reais praticados no setor e englobam todo o agronegócio com sua gama imensa de oportunidades nos segmentos agrícola e pecuário, de insumos, agroindústria, agrosserviços, entre outros.

Ainda de acordo com o Cepea/USP – baseado em microdados da PNAD -Contínua e da RAIS – entre janeiro e março de 2022, a população ocupada no agronegócio brasileiro aumentou 6,2% e chegou a 18,74 milhões de pessoas. É um incremento de mais de um milhão de trabalhadores em relação ao mesmo período de 2021.

Relatório da Organização Mundial do Comércio (OMC), publicado em abril, coloca nosso país na 25a posição entre os maiores exportadores mundiais. Foram US$ 281 bilhões no último ano. Dentro do campo do agro, a soja cresceu 35,5% em 2021.

Nos primeiros meses de 2022 – de janeiro a abril -,  a balança comercial do agronegócio brasileiro registrou superávit de US$ 43,7 bilhões, mesmo em um cenário mundial crítico.

Os dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em maio, registram ainda a alta de 34,9% nas exportações do setor, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A soja continua na ponta, mas o destaque fica para o incremento na exportação de carne bovina, puxada pela alta demanda chinesa: o preço médio avançou 27,9% em comparação com abril de 2021 e teve aumento de 22,1% na quantidade.