A socialtech Ribon, única brasileira eleita como uma das startups mais inovadoras do mundo pela Fundação Bill e Melinda Gates, anunciou a mudança de seu modelo de negócios para uma organização autônoma descentralizado (DAO), que está prevista para acontecer ainda este ano.

No processo de conversão para se tornar uma DAO, a startup deixa para trás as posições hierárquicas em seu quadro e passa a ser autônoma e independente. A partir da descentralização proposta pela tecnologia blockchain, nem mesmo seus criadores terão influência determinante.

No momento em que a Ribon se tornar uma organização do gênero, pessoas no mundo todo poderão ter os tokens da empresa e opinar sobre suas decisões, como os gastos de recursos, por exemplo. E para que uma ideia seja colocada em prática, é necessário o consenso da maioria.

Aposta nos tokens

A intenção da startup que atua no mercado de filantropia digital é crescer ainda mais depois da mudança, e os tokens são sua maior aposta. Com a hospedagem do software da Ribon em uma plataforma em blockchain, serão gerados tokens que, segundo a empresa, vão poder ser utilizados para fazer pagamentos ou recompensar atividades realizadas, além da própria tomada de decisão dentro da DAO.

A receita gerada pela plataforma vai alimentar emissão de novos tokens, que podem valorizar com o tempo e ser trocadas por dinheiro. “Quem possuir tokens sempre vai querer o melhor da empresa. Com a operação da Ribon em alta, os tokens automaticamente se valorizam. Isso faz com que as pessoas que estejam envolvidas nas escolhas que traçarão o caminho da startup optem sempre por decisões que sejam o mais assertivas possível”, explicou Rafael Rodeiro, cofundador da Ribon.

Mais de 300 mil pessoas já foram beneficiadas pelas doações feitas na plataforma, que destaca que a mudança em seu modelo de negócios não irá afetar a experiência do usuário. Fundada em 206 por três estudantes da Universidade de Brasília (UnB), a Ribon trabalha pelo desenvolvimento da cultura da doação para caridade no Brasil e com isso, conquistou o apoio da Fundação Bill e Melinda Gates, uma das maiores instituições filantrópicas do mundo.

Com: Exame.