A pandemia causada pelo novo coronavírus deixou os serviços essenciais em evidência durante a quarentena. Com isso, farmácias ganharam força e iniciam um movimento de captação na Bolsa de Valores, tendo em vista, o juro real zero no país.

Até então, destacam-se a rede Pague Menos, capitaneada por Francisco Deusmar Queirós, que está próxima de efetuar sua oferta inicial de ações, e também, a rede de farmácias Panvel, que prevê para o decorrer do mês de julho sua volta para a Bolsa, através de uma oferta subsequente de ações. As ofertas pelas farmácias se somadas, podem chegar até R$ 2 bilhões.

A DPSP, proprietária das redes Pacheco e Drogaria São Paulo, também figuram como aguardadas pelo mercado. Com grande destaque no setor, a RD (Raia/Drogasil) já consta como listada na B3.

De acordo com dados levantados pela Associação Brasileira Redes Farmácias (Abrafarma), o faturamento do ramo farmacêutico tem crescido consideravelmente nos últimos anos, chegando a R$ 50 bilhões, com 7 mil lojas espalhadas pelo país. Porém, por conta de redes independentes, o número é muito amor. Segundo o IQVIA, órgão que audita o mercado farmacêutico mundial, o Brasil possui atualmente com aproximadamente de 78,9 mil drogarias e farmácias.

Com o planejamento de abrir 500 lojas entre 2020 e 2024, a Panvel que já é listada na B3, mas, conta com baixa liquidez, vem sendo alvo de relatórios de analistas, que colocaram em foco o nome da empresa.

“Nossa visão positiva (sobre a Panvel) se justifica por quatro pilares: alta densidade de lojas, o que cria uma barreira natural contra novos players e possibilita crescimento em outras cidades da mesma região; uma proposta multimeios, com 10% das vendas via comércio eletrônico e retirada em lojas físicas; integração entre negócios do varejo, distribuição e produção; e forte marca própria”, revelou o BTG Pactual.

No caso da rede Pague Menos, situações de risco ligadas à pandemia destacam-se no documento da oferta à disposição do mercado. “O setor farmacêutico é um dos menos afetados pela covid-19. Por prestarem um serviço essencial, as farmácias e drogarias de ruas permaneceram operando até mesmo em cidades onde foi decretado o lockdown”, de acordo com o prospecto da oferta.

Fonte: O Estado de São Paulo