Maior parceira comercial do Brasil, a China vem apostando no setor elétrico do país. Em painel de discussão realizado no Encontro Nacional de Agentes do Setor Elétrico, no dia 30 de setembro, Claudia Trevisan, Diretora Executiva do Conselho Empresarial Brasil-China, comentou que atualmente cerca de 43% do estoque de investimentos chineses no Brasil estão voltados para o setor elétrico. “Com um crescimento expressivo, esse setor se tornou o principal pilar do investimento chinês no Brasil”, disse ela.
A indústria de petróleo e gás vem logo atrás, respondendo por 28% do investimento chinês. Segundo Claudia, a relação econômica entre os dois países era pequena há 20 anos, mas essa relação se fortaleceu, com o maior investimento em 2010, chegando a 13 bilhões de dólares. Naquela época, a maior parte do dinheiro foi para petróleo e gás, mas o setor de energia já estava envolvido. A partir de 2014, o setor de energia cresceu.
O CEO da CTG no Brasil, Zhao Jianqiang, lembrou que a empresa visitou o país pela primeira vez na década de 90, para conhecer a usina de Itaipu. Ele contou ainda que considera o país como um mercado fundamental e que quer ampliar a participação por aqui. O executivo diz se impressionar com o modo como o Brasil desenvolve o seu setor elétrico, baseado na energia limpa. “Isso está em linha com o que a CTG faz no mundo inteiro”, avisa.
Zhao Jianqiang considera o Brasil um mercado fundamental e que a empresa mira o longo prazo. A modernização das UHEs de Ilha Solteira e Jupiá, que consomem cerca de R$ 3 bilhões em investimentos, foi lembrada por Jianqiang como um dos maiores investimentos da área no país.
Qu Yuhui, ministro-conselheiro e porta-voz da embaixada da China no Brasil lembraram que as empresas chineses conseguiram êxito nas suas investidas no Brasil nos últimos anos , o que lhes deu experiência para a sua expansão. Para ele, o pós- pandemia traz desafios e oportunidades para os países emergentes. “Não sabemos o quanto vai durar a pandemia, isso é uma incógnita”, aponta.
Fonte: Canal Energia