De acordo com dados levantados pela Economatica, os fundos de renda fixa anotaram a saída de R$ 20 milhões em 2020, enquanto os de ações registraram captação de R$ 52 bilhões.

Os valores foram registrados após a pandemia desacelerar a economia do país. Para fomentar o consumo, o Comitê de Política Monetária, Copom, reduziu a taxa básica, Selic, para 2% ao ano.

A queda dos juros comprometeu a rentabilidade de investimentos em renda fixa. Em contrapartida, o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), subiu 2,92% em 2020. Por causa da pandemia, chegou ao patamar de 63.569 pontos em março do ano passado, o menor nível registrado até então desde 10 de julho de 2017.

O nível baixo foi uma oportunidade para os investidores que acreditavam na recuperação do mercado. Com a captação líquida de R$ 52 bilhões, os fundos de ações somam R$ 616,49 bilhões de patrimônio líquido.

Os fundos multimercados –que contêm ativos de renda fixa, ações e câmbio, por exemplo–  captaram R$ 107 bilhões em 2020. O patrimônio total é de R$ 1,398 trilhão.

Os multimercados livres foram os líderes de captação, com R$ 69,3 bilhões, seguidos pelos multimercados de investimentos no exterior, com R$ 39,6 bilhões. Na mediana, rentabilizaram 8,02%, o que representa 290,95% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário).

Na contramão, os fundos de renda fixa tiveram saída líquida de R$ 20,65 bilhões. O patrimônio chegou a R$ 2,191 trilhões.

Os fundos de previdência fecham o ano com R$ 999,1 bilhões. Em dezembro de 2020, a captação líquida consolidada dos fundos de previdência foi de R$ 17,1 bilhões.