O mercado financeiro voltou a elevar suas projeções para a inflação este ano, pela 21ª semana consecutiva, desta vez, de 7,11% para 7,27%. Os dados constam no relatório Focus, publicado pelo Banco Central na manhã desta segunda-feira (30).
Antes da primeira elevação, em 2 de abril, as estimativas apontavam para inflação de 4,81% em 2021.
O movimento de alta também foi visto nas projeções para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2022, que subiram de 3,93% para 3,95% – o sexto aumento seguido.
Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, avançou 0,89% ante julho – acima da alta de 0,82% esperada por economistas consultados pela Refinitiv e o maior resultado para um mês de agosto desde 2002.
No período, a grande vilã foi a energia elétrica, que teve aumento de 5%. E tudo indica que a conta de luz deverá continuar pressionando o indicador nos próximos meses, dado que a crise hídrica permanece.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,81% e, nos últimos 12 meses, de 9,30%.
Em meio à pressão inflacionária, o mercado financeiro tem esperado juros mais altos do que os estimados no início do ano. Para dezembro, as apostas apontam para uma taxa Selic de 7,50% ao ano, com a manutenção neste patamar até o fim de 2022 – sem alterações em relação à semana anterior.