Antes de começar a operar plenamente no próximo dia 16, o PIX vai passar por uma fase de testes que tem início nesta terça-feira, 3. A operação restrita já estava planejada desde 2019 e vai servir para que as instituições testem os seus sistemas e arruem problemas pontuais que aparecerem durante os doze dias de teste.

Apenas uma parcela de pessoas selecionadas pelas instituições financeiras poderão enviar transações através do novo sistema de pagamento durante horários específicos. Todavia, todos poderão receber recursos. Com o serviço, o Brasil entra na onde mundial dos pagamentos instantâneos.

Dúvidas frequentes:

  • O que é PIX?

É um sistema de pagamentos e transferências instantâneos disponível 24 horas por dia e sete dias por semana. O Pix é promovido pelo Banco Central e deverá estar disponível para todos os clientes bancários no dia 16 de novembro.

  • Como acontece a operação restrita?

É um período entre os dias 3 e 15 de novembro em que uma quantidade limitada de pessoas poderá começar a usar o Pix para transferências e pagamentos. Essa operação servirá para que as instituições financeiras testem seus sistemas e reparem eventuais falhas antes do funcionamento pleno do Pix, no dia 16.

  • O que é uma chave PIX?

A chave é um meio de identificar a conta do usuário. Há quatro tipos: CPF ou CNPJ, e-mail, número de celular e uma chave de segurança aleatória de números e letras. Na hora de fazer transferência, em vez de o usuário ter que informar nome, CPF, número da conta e da agência, como é feito atualmente, basta colocar a chave Pix.

  • Quem poderá usar o PIX?

Qualquer pessoa ou empresa que tenha uma conta corrente, conta de depósito ou conta de pagamento pré-pago. Para transferências entre pessoas físicas e pagamento de pessoas físicas para empresas, o Pix será gratuito. Para MEIs, venda com finalidade comercial poderá ser tarifada.

  • Como se cadastrar?

O registro será feito pelo site ou app da instituição onde o cliente tem conta. É preciso confirmar a posse da chave e vinculá-la à conta do Pix. Por exemplo, no caso do uso do e-mail ou do celular como chave, o usuário receberá um código por SMS ou por e-mail que deverá ser inserido no app para confirmar a identificação.

  • Quantas chaves são possíveis cadastras?

Pessoas físicas podem ter cinco chaves para cada conta da qual sejam titulares. Para empresas, o limite é de 20 chaves por conta. O cadastramento de chave promete facilidade e rapidez no uso diário do Pix, mas não é obrigatório.

  • Como fazer uma transferência?

O Pix vai aparecer no aplicativo do banco ou da fintech, ao lado do TED e do DOC. Ao selecionar a opção, quem estiver usando o serviço poderá digitar uma identificação de quem vai receber o dinheiro, a chave Pix (CPF, e-mail ou telefone celular). Quem for enviar recursos, coloca o montante a ser transferido e aprova a transação. Quem recebe pode gerar um QR code e enviá-lo ao pagador.

  • Como fazer um pagamento?

Para fazer compras, o Pix também poderá ser usado via QR Code. O consumidor abre o aplicativo do banco ou da fintech, seleciona a opção Pix e direciona a câmera do celular para o QR Code disponibilizado pelo estabelecimento comercial, que também pode, assim como em transferências, informar sua chave Pix.

  • Como acessar o PIX?

O Pix estará disponível em qualquer plataforma que a instituição financeira escolher. No entanto, o BC espera que o celular seja o canal mais usado. Em um primeiro momento, será necessário ter acesso à internet, mas o BC prevê que um serviço off-line esteja disponível em 2021.

  • O PIX é seguro?

As informações pessoais são protegidas pelo sigilo bancário e as medidas de segurança já adotadas pelas instituições financeiras em TEDs e DOCs serão utilizadas no Pix. Em caso de erro em uma transação, valem as regras atuais. Se ocorrer o envio de um valor errado, será necessário negociar com o recebedor para que o montante seja devolvido.

  • Quais instituições entram na fase de testes?

Todas as 762 instituições que já foram autorizadas pelo Banco Central a funcionar com o Pix participarão desta fase de testes. Entre elas, os cinco maiores bancos, Banco do Brasil, Caixa, Itaú, Bradesco e Santander. Fintechs, como o banco Inter e o Nubank também vão participar, assim como sistemas cooperativos, como o Bancoob e a Sicredi.

Fonte: O Globo