Na última terça-feira, 21, Paulo Guedes entregou no Congresso Nacional a proposta da reforma tributária. O texto foi confiado aos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

De acordo com Guedes, a primeira parte da proposta do governo sobre a reforma abordará somente da unificação de impostos federais e estaduais num futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) dual. O artigo do governo será unificado às sugestões da Câmara e do Senado que tramitam na comissão mista desde o início deste ano.

Alexandre Garcia, comentarista do Canal Rural, ressaltou que outras modificações devem ser feitas. “Em outras etapas, virão outras mudanças, como no Imposto de Renda, IPI e mudanças na taxação de lucros e dividendo. Uma mudança que isenta ônus de pagamento para quem ganha até dois salários mínimos para estimular o reemprego, coisa que o Brasil precisa com urgência. Contudo, qualquer proposta que o governo fizer já vai de encontro com outras duas que estão em análise. Uma da Câmara dos Deputados, que unifica cinco impostos, e outro projeto no Senado, que quer unificar nove impostos”, comenta Garcia.

O comentarista ainda diz que junto com a aprovação da reforma tributária, outra questão relevante é uma ação aberta pelo partido Psol. “Mais parece que isso é uma forma de encarecer os alimentos para a população do país, já que eles pedem a retirada da isenção do IPI e 60% de benefício fiscal sobre o ICMS sobre defensivos, e isso não faz sentido, já que vai encarecer a produção do alimento. Mas em tudo o que se fala sobre reforma tributária, precisamos reconhecer uma verdade básica: é o agro que está tirando o Brasil do buraco. O setor está crescendo com base na produtividade, um bom exemplo disso é a soja, que cresce mais a cada safra”, pontua ele.

Fonte: Canal Rural