O Planejamento Estratégico é fundamental para evitar o risco empresarial

Alinhar as ações com a visão empresarial e realizá-las de acordo com o plano estruturado colabora para a mitigação de riscos e eleva as chances de sucesso no negócio. Mas existe uma etapa do Planejamento Estratégico que é frequentemente deixada de lado mesmo sendo de extrema importância: a análise de riscos empresariais.

Organizações de todos os tipos e tamanhos enfrentam influências e fatores externos e internos que tornam incerto se elas alcançarão seus objetivos. Riscos mal mensurados colocam em perigo a saúde do negócio, podendo atingir diversos níveis da instituição. Continue a leitura deste artigo para entender melhor o que é risco empresarial e conhecer seus tipos.

O que é risco empresarial?

O texto em português da norma internacional ISO 31000:22018 traz a seguinte definição oficial de Risco: é o efeito da incerteza nos objetivos.

Quando falamos em objetivos podemos citar metas financeiras, de segurança, ambientais ou quaisquer outras metas que conversem diretamente com a visão da empresa. Qualquer interferência que possa recair sobre as ações necessárias para atingimento desses objetivos é considerado um risco.

Gerenciar riscos é iterativo e auxilia as organizações no estabelecimento de estratégias, no alcance de objetivos e na tomada de decisões fundamentadas. Através da análise de riscos empresariais os gestores conseguem prever cenários que possam influenciar no funcionamento do negócio e interferir em diferentes níveis (tais como estratégico, em toda a organização, de projeto, de produto e de processo).

Apesar de apenas 35% das empresas possuírem processos bem definidos para executar a gestão de riscos empresariais, esse exercício colabora para que o empresário tenha uma visão clara e assertiva quanto aos próximos passos e possa avaliar as maneiras para minimizar os impactos e os reflexos no dia a dia da empresa.

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A importância de mensurar

Quando o assunto é a administração de uma empresa, todo cuidado é pouco. Mesmo as pequenas falhas podem comprometer todo um processo. Problemas como a ausência de uma gestão de riscos podem causar danos capazes de impedir o crescimento sustentável da companhia. É fundamental conhecer os riscos para saber como evitá-los. Em resumo, a prática da gestão de riscos define-se em medir, controlar e prever.

O processo de gestão de riscos deve:

  1. Definir o contexto para a análise do risco;
  2. Analisar as vulnerabilidades dos ativos críticos e as ameaças inerentes;
  3. Avaliar os riscos pela probabilidade e o impacto derivado.
  4. Identificar, caracterizar e avaliar o impacto da ocorrência;
  5. Monitorar e fazer críticas dos resultados;
  6. Tratar os riscos, identificando e priorizando ações para reduzi-los;

Para identificar riscos e poder agir sempre que necessário, é preciso aplicar controles eficientes com parâmetros bem definidos. Dessa forma, as medidas de prevenção e eventual contenção podem ser aplicadas de forma a evitar ou amenizar os cenários previstos. Ao se preparar para isso, você garante maior segurança para o negócio e aumenta suas possibilidades de sucesso.

Dentre os benefícios de um bom gerenciamento de risco estão:

  1. Redução de incertezas
  2. Redução do impacto negativo de um evento problemático
  3. Apoio na tomada de decisões estratégicas

O conceito de análise de risco está relacionado à figura de Inteligência Competitiva, uma vez que agrega solidez à informação corporativa. Com a gestão de riscos, a empresa passa a estar sempre em busca de aperfeiçoamento e cria meios para melhorar os resultados. Enfim, compreender a importância de uma boa gestão de riscos é fundamental para o futuro do empreendimento.

Leia também: Entenda a importância da auditoria tributária para a sua empresa

Quais os principais tipos de risco empresarial?

Riscos de pessoal

São fruto de falha na atuação dos profissionais que exercem determinadas funções. Quando intencionais, existe por omissão ou negligência por parte do colaborador. Por qualificação, ocorre por falta de capacidade ou habilidade específica necessária para execução de tal função ou atividade. E ainda existem os casos decorrentes de fraude, resultado de uma conduta que vai contra as normas da empresa, como desvio de materiais, valores, entre outros.

Quando esse risco é identificado, é inevitável pensar na capacitação da equipe. Com treinamentos regulares, a empresa pode dar aos colaboradores a competência necessária para que suas tarefas sejam realizadas de acordo com a diretrizes da companhia.

Pode-se também reavaliar a política de contratações, buscando fazer da atração de talentos um diferencial para o negócio. Da mesma forma, é preciso pensar no ambiente corporativo que a empresa proporciona ao colaborador, para oferecer aumento na qualidade de vida no trabalho.

Riscos de processos

Ter cada processo bem definido e desenhado garante que as ações sejam feitas de acordo com os interesses da instituição. Quando não é dada a devida atenção ao controle em relação aos processos, as falhas se tornam comuns e os resultados não aparecem.

Para encontrar deficiências é preciso ter critérios que permitam a mensuração e avaliação de algumas questões, como os indicadores de desempenho, a eficiência dos controles, o cumprimento da legislação, entre outros. Em boa parte das vezes, os riscos de processos surgem em função de metas incompatíveis com o potencial corporativo, que levam a resultados ruins. Os processos também podem estar equivocados devido a um entendimento errado do que determina a legislação do setor.

Sendo assim, para garantir que as atividades ocorram sem riscos (ou com os menores riscos possíveis), é preciso avaliar com calma as obrigações e atividades acessórias, se possível, contando com o auxílio de profissionais da área.

Riscos por eventos externos

São os riscos que podem atingir o negócio mas que fogem ao controle da gestão. Mesmo com o aperfeiçoamento das habilidades e competências dos colaboradores e o estabelecimento de processos compatíveis com as necessidades empresariais, é possível ser atingido por fatores externos ao ambiente de negócio.

Nesse caso, algumas questões, como a interrupção de serviços públicos, a ocorrência de catástrofes naturais e até ações como vandalismo e roubo, podem trazer prejuízos para a organização e precisam ser levados em consideração.

O que fazer nesse cenário? No Brasil, é obrigatório para as empresas fazer a contratação de um seguro capaz de cobrir prejuízos em casos como os de incêndio. Sem ele, a empresa pode ter que arcar com multas e até ser impedida de atuar. Além disso, existem outras apólices que estabelecem o ressarcimento diante de roubos ou furtos, danos elétricos, desastres naturais, entre outros. Investimentos assim garantem tranquilidade para o dia a dia de trabalho e garantem o devido cuidado com o patrimônio.

Riscos de sistemas

Tudo que pode interferir no bom funcionamento dos sistemas utilizados pela empresa. Falhas em programas de computador, queda de servidores, redes mal estruturadas, falhas de segurança e manutenção inadequada são alguns dos exemplos de riscos encontrados nesse tipo de cenário.

Um vírus que entra no sistema pode atingir outros computadores da companhia e causar atrasos de dias, ou até mesmo semanas, nos trabalhos das equipes.

Por isso, o ideal é que os investimentos em licenças levem em consideração não somente o valor de cada uma delas, mas também a relação custo-benefício. Optar por sistemas integrados com uma boa assistência técnica e manutenção qualificada pode eliminar riscos e aumentar os níveis de segurança da informação.

Esses são apenas alguns riscos que podem recair sobre a organização. Existem outros tipos como risco financeiro, onde é revisado todo o cenário contábil, fiscal e tributário que a empresa possa se encaixar.

Risco legal, onde as variáveis se apresentam no âmbito judicial, como a possibilidade de perdas decorrentes de multas, penalidades ou indenizações resultantes de ações de órgãos de supervisão e controle, bem como perdas decorrentes de decisão desfavorável em processos judiciais ou administrativos; risco ambiental, que considera os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho ou exigências ambientais que possam interferir na atividade da empresa; dentre outros.

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Conclusão

Não há como analisar os riscos sem estudar minuciosamente os processos que sustentam a organização e verificar realmente onde a empresa pode ou não ficar vulnerável, para ser capaz de minimizar e controlar esses impactos.

Para proteger é preciso conhecer. Cada vez mais as organizações começam a se preocupar em saber qual o seu grau de exposição frente às ameaças que podem comprometer a estabilidade de suas operações.

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