O mercado financeiro diminuiu pela 3ª semana consecutiva a estimativa da inflação de 2022. Antes previsto em 5,76, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) agora é estimado em 5,64%.

As estimativas para o IPCA estão acima das metas da inflação estabelecidas pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para 2022, de 3,5% com intervalo de tolerância de no máximo 5%.

As perspectivas do BC (Banco Central), é publicado às segundas-feiras e resume desde 2000 as projeções estatísticas de analistas consultados pela autoridade monetária.

Caso os números sejam confirmados, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, terá que enviar uma carta pública explicando o motivo do descumprimento do objetivo inflacionário. Segundo a lei que autorizou a autonomia do BC, é dever central da autoridade monetária assegurar o poder de compra da população.

Campos Neto já precisou das explicações em 2021, quando a inflação chegou a 10,06% e a meta era de 3,75%. O presidente do BC justificou que o petróleo e a energia pressionaram o índice de preços.

Segundo o Focus, em 2023 é esperado que a inflação fique em 5,23%. É a 2ª semana consecutiva que a inflação fica em 5,23%. Mantendo a projeção de alta. A meta do próximo ano para o índice de preços é de 3,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Já nas estimativas do PIB (Produto Interno Bruto) de 2022, houve queda, de 3,05% para 3,04%. Para o próximo ano, a projeção ficou estável em 0,79%.

Estabilidade também foi registrada nas perspectivas de câmbio deste ano. O dólar deve ficar em R$ 5,25% em 2022. Já para 2023, a estimativa saiu de 5,26% para 5,27%, na 2ª alta consecutiva.

Fonte: Poder 360.