Com mais de R$ 1 bilhão em caixa, a área de fusões e aquisição (M&A) do Fleury está “mais ativa do que nunca”, revelou o CFO da companhia, Fernando Leão.

Para Carlos Marinelli, CEO da rede de laboratórios de 94 anos, a pandemia causada pelo novo coronavírus é apenas mais um evento na trajetória da empresa e que os investimentos em tecnologia posicionam a Fleury em um panorama tranquilo para afrentar as adversidades da crise.

Recentemente, os dois marcaram presença em uma live do InfoMoney para falar sobre o balanço do primeiro e segundo semestre de ano, além de comentar sobre o futuro previsto pela companhia.

Marinelli revelou que a Fleury acelerou processos. “Quatro anos em quatro meses. Aceleramos todas as nossas iniciativas em digitalização”. A empresa apostou em sua plataforma de telemedicina, ampliou a rede de atendimentos domiciliares e criou um projeto de consultoria para outras companhias que pretendem retomar suas atividades na pandemia.

Ainda que tenha prolongado dívidas e revigorado o caixa com uma captação de cerca de R$ 500 milhões em 2019, o Fleury registrou um prejuízo de R$ 73,3 milhões no segundo trimestre deste ano, frente a um lucro de R$ 72,6 milhões no mesmo período do último ano. Mantendo a base de comparação, a receita líquida da empresa caiu 37,6%, o mesmo tempo em que o Ebtida cedeu 90%.

Ainda que o Fleury tenha sido favorecido pela grande procura por testes de Covid-19, ocorreu uma redução significativa no número de exames diagnósticos eletivos. Os executivos estão confiantes em uma melhora a partir do terceiro trimestre.

Sobre as aquisições, o grupo anunciou a compra de 18,6% da empresa de prontuários Prontmed, e também de 1% na startup israelense voltada para a prevenção e gerenciamento de doenças crônicas, Sweetch.

Leão e Marinelli também abordaram questões sobre as dívidas da rede de laboratórios e o pagamento de dividendos, adiado para o mês de dezembro.

Fonte: InfoMoney