De acordo com levantamento realizado pela B3, a bolsa de valores brasileira, o perfil dos novos investidores da bolsa ficou mais jovem entre 2019 e 2020. Os dados apontam também, que o número de mulheres que iniciaram investimentos aumentou.
Ainda segundo a B3, a média de idade dos 2 milhões de novos investidores é de 32 anos – 45% têm entre 25 e 34 anos. Sendo que, 60% deles sem filhos e 62% com trabalho em tempo integral.
Confira abaixo os principais destaques do levantamento:
- 42% dos investidores têm entre 25 e 34 anos
- Participação das mulheres passou de 22,06% (2018) para 25,47% (2020)
- 73% aprendem a investir com influenciadores digitais
- A maioria (95%) investe em renda variável
- Para 64%, o resgate do investimento só seria feito por necessidade
- 56% dos novos investidores ganham até R$ 5 mil por mês
- Primeiro investimento entre pessoas físicas caiu 58%, para R$ 660
- Entre investidores de 16 a 25 anos, valor do investimento inicial foi de R$ 225
Para 56%, a renda mensal é de até R$ 5 mil, e 51% vivem no sudeste do país. Já o perfil familiar da maioria, 39%, é de pessoas que moram com amigos ou outros parentes.
O valor do primeiro investimento, em outubro de 2020, ficou em R$ 660 — uma queda de 58% em relação aos R$ 1.916 do mesmo mês de 2018.
Ascensão das mulheres
Mesmo ainda sendo minoria, o número de mulheres que investem na bolsa cresceu nos últimos três anos. Em 2018, elas eram 179.392 (22,06% do total), contra 809.533 em 2020, ou 25,47%. Ainda assim, a instituição destaca que a participação ainda é baixa se comparada com o Tesouro Direto, onde 40% do público é feminino.
Confiança no investimento
Entre os 1.371 entrevistados pela B3 para o estudo, a volatilidade do mercado não é o principal fator que motivaria um resgate das aplicações, ao contrário do que poderia sugerir a falta de experiência dos investidores com a renda variável.
Segundo 64% dos investidores, a necessidade do dinheiro seria o principal motivo de resgate. Em seguida, com 28%, vem a queda na rentabilidade. Quedas na bolsa são apenas 7%.
A bolsa também questionou os novos investidores sobre o sentimento no primeiro investimento. Apenas 5% responderam que tiveram desconfiança, enquanto 34% sentiram entusiasmo e, 24%, segurança.
Entre eles, 76% responderam que “certamente” investiriam novamente na bolsa.
Influência da internet
Outra grande novidade no estudo é sobre as fontes dos novos investidores, onde as redes sociais ganharam força e influência. Segundo 73% dos entrevistados, a internet é a principal fonte de informação sobre investimentos – jornais e revistas são apenas 14%.
Questionados sobre onde aprenderam a investir (com opção de múltiplas respostas), 73% deles disseram que foi com influenciadores digitais e/ou em canais do YouTube, e 45% em plataformas online. Assistentes financeiros ficaram com 7% das respostas.
Fonte: G1