Os desafios de financiamento estão aumentando, incluindo o advento da inovação no mercado agrícola. No entanto, existem alguns incentivos à inovação, como a Lei do Bem, que são desconhecidos da maioria das empresas deste mercado e de outros que possuem o perfil para se beneficiarem. De acordo com a sócia-líder de Agronegócio da KPMG, Giovana Araújo, somente 6% das empresas que poderiam se aplicar aos recursos conhece de forma clara a legislação.
“Se a empresa se enquadra na Lei do Bem, ela pode ter incentivos que representem até 20% de sua receita”, revelou a executiva. Ela lembrou que, nas circunstâncias especiais da agricultura, as cooperativas rurais são importantes instituições de financiamento e atualização tecnológica dos produtores, que também podem buscar entender se devem ser incluídas, o que ajudará a trazer inovação para o campo. Por outro lado, as startups podem trabalhar com parceiros que podem se beneficiar.
Para se aplicar à Lei do Bem, Giovana lembra que a entidade jurídica precisa estar enquadrada no regime de lucro real, ter lucro fiscal, e apresentar uma regularidade fiscal. “Apesar de estarmos vivendo um processo de digitalização fenomenal estamos enfrentando uma séria crise econômica onde o lucro fiscal é algo difícil de ser obtido para muitas empresas. Por isso estamos aguardando um ajuste na Lei do Bem”, observou.
Giovana também falou sobre a Lei do Agro, publicada em abril e que se propõe a modernizar as bases legais dos instrumentos de crédito do setor. Ela institui o Fundo Garantidor Solidário que prevê que entre suas finalidades o financiamento à conectividade no campo. “É um instrumento novo que vale a pena prestar atenção”, comentou.
Fonte: Telesintese