A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Mineração deverá acontecer no início de 2021, revelou o presidente da companhia, Benjamin Steinbruch. O pedido já foi protocolado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a oferta poderá ser realizada até meados de fevereiro, usando os dados do terceiro trimestre de 2020.

Steinbruch revela que a empresa está determinada a fazer o IPO, mas que os números do quarto trimestre são muito melhores. “É uma determinação nossa fazer o IPO o mais rapidamente possível. Agora, é claro que com a melhora do mercado, somada ao desconhecimento que o mercado tinha dos dados e potenciais números da operação de mineração, fez com que tivéssemos que dar mais tempo”, comentou.

Ainda de acordo com Streinbruch, “é um projeto muito particular de triplicação de produção, coisa que nenhuma outra mineradora poderia propor. Acreditamos que, com as conversas, visitas e maior conhecimento do mercado, teremos a oportunidade real, na primeira semana de janeiro, de colocar o ‘deal’ no mercado”, pontuou.

Em relação à abertura de capital da unidade de cimentos, o diretor financeiro do grupo CSN, Marcelo Ribeiro, disse que o processo ainda está em amadurecimento. Nas próximas semanas, deverá ser tomada alguma decisão sobre o tema, com uma restruturação societária que irá criar a subsidiária de cimentos.

Da mesma forma como da unidade de mineração, o IPO do negócio poderá ocorrer no primeiro semestre do próximo ano, mas não há uma urgência, destacou Ribeiro. Além do mais, diz o executivo, oportunidades de aquisições no mercado de cimentos poderão interferir nesse calendário.

Um dos planos da companhia, segundo Ribeiro, é dar mais autonomia e independência a suas subsidiárias. “Isso se iniciou com a Mineração, que vai buscar o IPO, vai acontecer com a unidade de Cimento, e no futuro, com outros segmentos”, completou.