A produtora de câmeras e equipamentos de segurança, Intelbras, dará início a um período de ofertas públicas que pode ser o mais movimentado em duas décadas.
Entre os dias 2 e 12 de fevereiro, a Intelbras e outras 11 empresas devem estabelecer o preço de suas ofertas. De acordo com a Bloomberg, é o maior número desde 2000.
Os juros na mínima histórica têm alimentado uma bonança de IPO na maior economia da América Latina nos últimos anos, à medida que os investidores buscam maior retorno no mercado de ações. O ano passado foi o mais movimentado com ofertas públicas iniciais no país desde 2007, com as empresas levantando cerca de R$ 44 bilhões, apesar dos efeitos da pandemia.
Grande parte das ofertas que devem ser precificadas nas próximas duas semanas é bastante pequena, chegando a menos de R$ 1,5 bilhão, com base no preço médio da faixa indicativa e sem considerar lotes adicionais. O maior – e mais esperado – é a estreia da CSN Mineração, unidade de mineração da Companhia Siderurgica Nacional. Essa venda pode arrecadar até R$ 8,2 bilhões se os preços forem no topo da faixa e considerando os lotes excedentes.
“O IPO seria positivo para o crédito da CSN porque os recursos aumentariam substancialmente sua posição de caixa, reduzindo o risco de refinanciamento e apoiando futuras rolagens de dívida com bancos credores”, Carolina Chimenti, Sabrina Lima e Marianna Waltz, da Moody’s, escreveram em relatório de 27 de janeiro.
Em janeiro, cinco empresas precificaram ofertas iniciais – três no mercado brasileiro e outras duas em IPOs da Nasdaq. Por outro lado, sete empresas desfizeram planos até agora neste ano: só nesta semana, a empresa de tecnologia de cana-de-açúcar CTC suspendeu os planos de estreia e a Oceana Offshore, empresa de logística marítima com foco em operações de petróleo e gás, desistiu de sua oferta de ações.